Estudo químico das pétalas, folhas, cálices e sementes de Hibiscus sabdariffa L.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: RODRIGUES, Adriana Costa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências Exatas, Naturais e Educação - ICENE
Brasil
UFTM
Programa de Pós-Graduação Multicêntrico em Química de Minas Gerais
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/tede/525
Resumo: Hibiscus sabdariffa L. é uma erva aromática, refrescante e adstringente utilizada na medicina popular como diurética, digestiva, antilipêmica, anti-hipertensiva e laxativa. Nas pétalas desta planta é relatada a ocorrência de polifenóis, sendo que vários estudos relacionaram estes metabólitos ao tratamento de doenças renais, estomacais, cardíacas e neurodegenerativas. Grande parte dos estudos realizados com H. sabdariffa é limitada aos extratos etanólicos e aquosos dos cálices, devido ao amplo consumo na forma de chá. Neste sentido, o presente trabalho teve como objetivo avaliar o perfil químico dos diferentes órgãos da planta e o potencial antioxidante, uma vez que esta atividade está relacionada ao tratamento de diversas patologias, tais como câncer, doenças cardiovasculares, disfunções cerebrais, doenças degenerativas e processos inflamatórios. Também foi avaliada a atividade leishmanicida uma vez que dados etnofarmacológicos relataram o uso do chá das folhas no tratamento da leishmaniose. Inicialmente, foram coletados cálices, pétalas, folhas e sementes dos quais foram preparados os respectivos extratos etanólicos, que seguido de extração líquido-líquido com solventes de polaridade crescente. Os extratos e frações foram submetidos a prospecção fitoquímica utilizando a cromatografia em camada delgada e diversos reveladores químicos, sendo possível sugerir a presença de esteroides, terpenoides, saponinas, propilpropanoides, fenilpropanoides e flavonoides. No ensaio para avaliação da atividade antioxidante foi possível observar que as frações n-butanol (CE50 64,3 ± 6,2 μg mL–1) e acetato de etila (CE50 69,3 ± 8,2 μg mL–1) das pétalas apresentaram os melhores resultados, o que pode ser justificado pela maior quantidade de fenóis totais (61,5 ± 2,8 e 30,7 ± 1,7 mg de EAG/g de amostra, respectivamente). No ensaio para avaliação da atividade leishmanicida foi observado que as frações n-hexano das folhas (CI50 40 ± 8 μg mL–1), pétalas (CI50 83 ± 16 μg mL–1) e cálices (CI50 67 ± 8 μg mL–1), apresentaram índices de seletividade de 0,37, 0,66 e 0,16, respectivamente. O extrato etanólico das sementes foi submetido à análise por cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massas, sendo possível observar a presença de uma série de ésteres (hexadecanoato de metila, hexadecanoato de etila, octadeca-9,12- dienoato de metila, 9-octadecenoato de metila, octadecanoato de metila, octadeca- 9,12-dienoato de etila, 9-octadecenoato de etila e octadecanoato de etila) e ácidos graxos (ácido hexadecanóico e ácido octadeca-9,12-dienoico) de cadeias longas, contribuindo assim para o conhecimento do perfil químico desta planta que tem ampla aplicação na medicina tradicional.