Pensamento suicida, depressão e religiosidade em uma população privada de liberdade
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Curso de Graduação em Enfermagem Brasil UFTM Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Atenção à Saúde |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://bdtd.uftm.edu.br/handle/tede/740 |
Resumo: | As pessoas em privação de liberdade representam um grupo de risco para o suicídio, apresentando incidências mais elevadas quando comparado à população em geral. No que diz respeito à prevenção, a ideação suicida é um importante alvo, por se tratar de um estágio inicial que precede a efetivação do suicídio. Entretanto as pesquisas sobre a temática em questão ainda são escassas. Dessa forma a presente pesquisa teve por objetivo principal analisar a influencia das variáveis sociodemográficas, de saúde, contexto prisional, religiosidade e depressão sobre a presença ou não do pensamento suicida. Trata-se de um estudo de caráter transversal, analítico com abordagem quantitativa, sendo a população constituída por 228 pessoas privadas de liberdade, do sexo feminino e masculino de uma Penitenciária localizada no Triângulo Mineiro. A coleta de dados se deu por meio de entrevistas e o instrumento foi composto por um questionário sociodemográfico, de saúde, contexto prisional e presença do pensamento suicida, pela escala Durel, para levantamento dos escores de religiosidade e pela escala DASS 21 para levantamento dos sintomas de depressão. A maioria dos participantes desse estudo apresentou alta religiosidade organizacional (80,7%), não organizacional (95,2%) e intrínseca (82%). Quanto ao resultado da avaliação dos sintomas de depressão constatou-se que a maioria dos participantes foi classificada como dentro da normalidade (61,8%). A presença do pensamento suicida após o encarceramento foi referida por 21,1% dos participantes e quanto a análise das correlações, verificou-se que ser do sexo feminino aumenta em 7,2 vezes as chances de apresentar pensamento suicida (rcp=7,197), não possuir companheiro(a) aumenta em 3 vezes (rcp=3,446) e para cada ponto a mais no escore total da escala de depressão, aumenta em 21% as chances de apresentar pensamento suicida (rcp=1,216). Não foram encontradas correlações estatisticamente significativas com os escores de religiosidade, ainda que tenham sido elevados. Considerando o suicídio uma das principais causas de morte evitável em todo o mundo verifica-se a relevância desse estudo na ampliação do conhecimento acerca de tais fenômenos. Retratar melhor o perfil e a realidade das pessoas privadas de liberdade, compreender a violência da morte em decorrência do suicídio bem como os fatores correlacionados, pode contribuir para a instrumentalização de futuras ações de intervenção epromoção de barreiras à sua ocorrência. Além disso, o Brasil abriga a terceira maior população prisional do mundo e o adequado processo de ressocialização impacta diretamente na vida de toda coletividade, sendo necessário maior comprometimento para com esses, a fim de proporcionar oportunidades reais para a reconstrução da vida. |