Diminuição da expressão renal da enzima conversora de angiotensina por meio de um pequeno RNA interferente reduz pressão arterial sistêmica em ratos espontaneamente hipertensos.
Ano de defesa: | 2006 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Patologia Clínica BR UFTM Programa de Pós-Graduação em Patologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://localhost:8080/tede/handle/tede/39 |
Resumo: | No presente estudo avaliamos o efeito de uma pequena molécula de RNA com seqüência específica para silenciar a expressão do gene da enzima conversora da angiotensina (ECA) em ratos espontaneamente hipertensos (SHR). Para tal, 19 animais SHR machos com 16 semanas de idade foram submetidos sob anestesia a canulação de artéria e veia femorais para registro crônico da PA e administração de drogas respectivamente. Após registro basal da PAM e FC em sistema computadorizado, 09 animais receberam por via endovenosa RNA interferente para o gene da ECA (grupo RNAi-ECA, dose de 150ug/Kg) e os outros 10 animais receberam RNA interferente para um gene não expresso em mamíferos (RNA para o gene da proteína fluorescente verde eGFP, dose de 150ug/Kg) os quais constituíram o grupo controle. A seguir, a cada 12 horas pelos próximos 04 dias, registros contínuos de PA direta por 30 minutos foram efetuados em ambiente quieto e controlados. Ao final do quarto dia, após o ultimo registro da PA e quantificação da resposta pressora a angiotensina I (100 ng/Kg, i.v., bolus), todos os animais foram eutanasiados e os pulmões e rins foram extraídos e submetidos à análise de Western Blot e de RT-PCR para verificar o grau de expressão da ECA tecidual. Os valores basais de PAM e FC prévios ao tratamento não diferiram entre os grupos (182±3 mmHg e 366±10 bpm no grupo RNAi-ECA e 172±4 mmHg e 356±16 bpm no grupo controle, respectivamente, p=ns). Os valores de PAM permaneceram semelhantes nos dois grupos até a metade do segundo dia de registro, após o que iniciaram queda progressiva nos animais RNAi-ECA atingindo os valores mais baixo no quarto dia de seguimento (136±8 mmHg versus 167±4 mmHg no grupo controle, p<0,02). Os valores de FC bem como a resposta pressora à angiotensina I não diferiram entre os grupos. Analise de Western-blot em tecidos revelou uma redução de 52,9% na expressão da ECA nos rins dos animais tratados em comparação com o controle, sem modificação no nível de expressão da ECA pulmonar. A expressão de RNAm para a ECA nos rins dos animais tratados, avaliada por RT-PCR, não foi significativamente diferente daquela observa nos rins de animais controles. Esses dados sugerem que um pequeno RNA específico para o gene da ECA, administrado intravenosamente, pode atuar in vivo atenuando de forma tecidoseletiva a expressão da ECA, com grande repercussão sobre a pressão arterial sistêmica. A redução da expressão da proteína sem modificação significativa do RNA mensageiro sugere que o pequeno RNA administrado pode estar exercendo um efeito de microRNA, bloqueando a tradução do RNA mensageiro da ECA em proteína. Tal achado sugere uma potencial aplicação de pequenos RNAs interferentes ou microRNAs como uma promissora estratégia terapêutica no tratamento da hipertensão arterial sistêmica. |