Potencial antioxidante e efeito de preparações fitoterápicas de Cordia salicifolia sobre adipocinas
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências Biológicas e Naturais - ICBN Brasil UFTM Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia dos Materiais |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://bdtd.uftm.edu.br/handle/123456789/1273 |
Resumo: | A Cordia salicifolia, também conhecida como porangaba, é uma planta de uso popular indicada para diferentes finalidades terapêuticas, dentre elas para redução de peso corpóreo. Sabe-se que o sobrepeso e a obesidade são condições multifatoriais que cursam com o desenvolvimento do estresse oxidativo e de um estado de inflamação crônica de baixa intensidade. Considerando o uso popular de C. salicifolia para redução de peso, objetivamos avaliar o potencial antioxidante e o efeito de extratos aquoso (EA) e etanólico (EE) preparados a partir das folhas e talos de porangaba sobre citocinas envolvidas no processo inflamatório e correlacionadas com a obesidade. Adicionalmente, avaliamos o efeito dessas preparações fitoterápicas sobre a viabilidade celular in vitro e determinamos a composição fitoquímica dos extratos, a fim de observar a relação entre constituintes fitoquímicos e efeitos biológicos. Os resultados demonstraram que os extratos possuem potencial antioxidante e capacidade de sequestrar as espécies reativas NO, H2O2 e radical •OH, sendo o extrato aquoso EA mais eficiente para essa ação em relação ao EE. Tais efeitos podem estar relacionados aos constituintes fitoquímicos e às quantidades presentes nos extratos. Ambos os extratos possuem substâncias fenólicas na sua composição, sendo verificado que o EA possui quantidades maiores em relação ao EE. Tal resultado pode ser decorrente de maiores teores de flavonóis e flavonas determinados no EA. A viabilidade de células McCoy foi, significativamente, diminuída por 0,5 mg mL-1 de EA e 0,02 mg mL-1 de EE, enquanto em macrófagos, foi observada redução de viabilidade em 1 mg mL-1 e 0,02 mg mL-1 , respectivamente, demonstrando que o EE apresenta maior citotoxicidade. Em concentrações que mantiveram 90% de viabilidade, foi verificada a capacidade do EE em estimular a produção de interleucina-10 (IL-10) por macrófagos murinos, enquanto o EA induziu a um aumento de interleucina-6 (IL-6). Não foi detectada a produção de TNF- por macrófagos tratados com os extratos avaliados. Apesar da IL-6 ser considerada uma citocina pró-inflamatória e, em quadros de obesidade estar aumentada contribuindo para o estresse oxidativo e quadro inflamatório, estudos relataram que, em pessoas não obesas, essa adipocina possui capacidade lipolítica e desempenha um efeito antiobesidade. Nesse contexto e diante dos resultados obtidos, acreditamos que a utilização empírica do chá de folhas de C. salicifolia, pela população, com finalidade de redução de peso corpóreo parece estar adequada e pode minimizar os efeitos deletérios provocados pelo acúmulo de gordura no organismo. |