Avaliação da mucosa periimplantar em pacientes com periimplantite: aspectos clínicos, histopatológicos e imunológicos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: ARAÚJO, Márcia Fernandes de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Brasil
UFTM
Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/tede/832
Resumo: A periimplantite é uma lesão que circunda os implantes dentários devido a fatores como esforços mecânicos excessivos, corrosão e presença de bactérias agressivas, podendo provocar infecção e inflamação, além de perda óssea em torno dos implantes osseointegrados. Objetivo – O objetivo deste trabalho foi comparar a resposta inflamatória na mucosa periimplantar entre pacientes com periimplantite (CP) e pacientes sem periimplantite (SP). Material e Métodos – Foi realizada biópsia da mucosa periimplantar de 18 pacientes: nove do grupo CP e nove do grupo SP. Em cada caso, foram coletados e processados dois fragmentos. Foram realizados cortes seriados para análise histopatológica e imuno-histoquímica. Um dos fragmentos foi destinado para análise histopatológica, utilizando as colorações de hematoxilina-eosina e picro-sírius para quantificar a densidade de células inflamatórias e fibras colágenas, respectivamente. A análise imuno-histoquímica foi realizada para TGF-β , IL-17, CD31, mastócito-quimase e mastócito-triptase. O outro fragmento foi utilizado para quantificar a expressão de IL-13 por imunoensaio enzimático (ELISA). Resultados – A densidade de células imunomarcadas para TGF-β e IL-17 e a densidade de vasos imunomarcados para CD31 foi significativamente maior no grupo CP quando comparado ao grupo SP. O grupo CP apresentou maior densidade de leucócitos, mastócito-quimase e mástócito-triptase, embora sem diferença significativa. Os pacientes do grupo SP apresentaram maior expressão de IL-13 e maior quantidade de fibras colágenas quando comparados aos pacientes do grupo CP, com diferença significativa. Nenhum dos pacientes apresentou supuração ou necrose. No grupo CP, houve correlação positiva e significativa entre a densidade de mastócito-triptase e a densidade de vasos imunomarcados por anti-CD31. Houve também no grupo CP correlação positiva e significativa entre a densidade de mastócito-quimase e a densidade de vasos imunomarcados por anti-CD31. Houve correlação negativa e significativa entre a densidade de IL-17 e a porcentagem de colágeno também no grupo CP. Conclusões – A maior resposta inflamatória no grupo CP sugere a participação de mastócitos-triptase e mastócito-quimase na indução de alterações nas células endoteliais e maior expressão de CD31. Essa indução faz com que ocorra maior exsudação de leucócitos, o que aumentaria outras citocinas como a IL-17, que por sua vez agravaria o processo inflamatório e inibiria a atuação de IL-13. Com a redução de IL-13 no grupo CP, a ação pró-fibrótica neste grupo também estaria reduzida. Além disso, o aumento da IL-17 poderia ativar osteoclastos com a consequente perda de osso, o que poderia provocar a perda de implantes dentários. Dessa forma, com o estudo da influência de citocinas na periimplantite, novas terapias poderiam ser desenvolvidas, contribuindo assim com o aumento da longevidade do implante.