Vacinologia reversa de candidatos contra vetores parasitiformes e agentes causadores de febre maculosa das Américas
Ano de defesa: | 2017 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Curso de Medicina Brasil UFTM Programa de Pós-Graduação em Medicina Tropical e Infectologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://bdtd.uftm.edu.br/handle/123456789/1808 |
Resumo: | A febre maculosa é uma infecção de rápida progressão e causada por bactérias do gênero Rickettsia. Nas Américas, até 80% dos casos sintomáticos humanos evoluem para óbito. Já nos animais, a doença também pode evoluir para formas graves, com destaque especial aos cães dentre os animais domésticos. As riquétsias causadoras desta enfermidade são majoritariamente transmitidas por carrapatos, cuja maior diversidade de espécies transmissoras pertencem ao gênero Amblyomma. Ensaios recentes demonstraram que já existem alvos vacinais promissores provenientes dessas riquétsias. No entanto, ainda não existem vacinas para as pessoas ou vacinas que protejam simultaneamente os humanos e os animais contra todas as formas da doença. É importante destacar que certas proteínas salivares de artrópodes hematófagos são capazes de gerar resposta imune no hospedeiro, não só contra o vetor, mas também contra certos agentes infecciosos transmitidos. Dessa forma, vacinas mais eficazes contra a febre maculosa são passíveis de serem desenvolvidas ao combinar antígenos tanto de riquétsias quanto de carrapatos transmissores. Na tentativa de prospectar antígenos vacinais tanto desses patógenos quanto de seus vetores parasitiformes, este trabalho propôs levantar, por vacinologia reversa, a atual diversidade de proteínas antigênicas a serem testadas no combate da febre maculosa das Américas (FMA). As sequências primárias de proteínas foram selecionadas e determinadas a partir de proteomas e transcriptomas, respectivamente, de agentes e carrapatos clinicamente relevantes para a doença humana no continente americano. Com o auxílio de estratégias inovadoras para montar transcritos de artrópodes em alto rendimento e para acurar a seleção de sequências alvos, foi possível evidenciar elevada quantidade de candidatos vacinais principalmente para a espécie R. rickettsii (48) dentre os agentes, e para a espécie A. americanum (17.641) dentre os vetores de FMA. Estiveram presentes de 61 a 554 alvos salivares/intestinais antigênicos e comuns entre os vetores, enquanto 21 antígenos bacterianos foram encontrados conservados entre as riquétsias analisadas. Apresentaram ≥ 90% de antigenicidade dezenas de novas sequências similares a proteínas de artrópodes e classificadas como antihemostáticas, de matriz extracelular, estruturais e de desenvolvimento, controladoras de crescimento microbiano e sem função definida. Foram identificados mais de 9 novos antígenos nessas riquétsias, destacando fatores de virulência, estabilizadores de estruturas proteicas e sequências com domínio de função desconhecida (DUF). Diante das limitações e desvantagens que apresentam o diagnóstico, o tratamento e os métodos preventivos existentes, combinar os diversos candidatos disponíveis e avaliar a eficácia in vitro e in vivo tornam-se necessários ao desenvolver vacinas mais efetivas e capazes de impedir a evolução da FMA. |