Envelhecimento: autopercepção de idosos com indicativo de depressão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: ARAUJO, Ingrid Vitoria de Sousa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Curso de Graduação em Enfermagem
Brasil
UFTM
Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Atenção à Saúde
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/123456789/1724
Resumo: Introdução: A população brasileira está em um processo de envelhecimento acelerado. O envelhecimento gera mudanças biológicas, como deteriorações celulares, diminuição das reservas fisiológicas e, consequentemente, o risco elevado do surgimento de comorbidades, acarretando prejuízo do estado geral da pessoa idosa. Dentre as doenças crônicas, há um elevado número de pessoas idosas com depressão. Em 2019, a faixa etária que apresentou maior índice de diagnóstico de depressão foi a de 60 a 64 anos (13,2%). Afeta com mais frequência mulheres, sendo a principal causa de incapacidade, podendo levar ao suicídio. Com isso, o atual cenário demográfico desencadeia novas demandas. Assim, investigar a percepção das pessoas idosas sobre o envelhecimento torna-se primordial para auxiliar gestores no planejamento de ações nas questões ligadas à saúde, depressão e ao processo do envelhecimento, com o propósito de elevar a qualidade de vida desta população, principalmente através de políticas de prevenção voltadas para este público específico com programas de educação dirigidos para uma vivência saudável, promoção e prevenção de sintomas depressivos e ao enfrentamento do envelhecimento. Objetivo: Analisar a autopercepção de pessoas idosas com indicativo de depressão sobre envelhecimento. Método: Trata-se de estudo de caráter descritivo, transversal e de abordagem qualitativa. A amostra do estudo foi composta por sete pessoas idosas cadastradas e frequentadoras do Ambulatório de Geriatria e Gerontologia da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, no período de 2019 a março de 2020. Foram realizadas visitas domiciliares e aplicados questionários de caracterização sociodemográfica, o Mini Exame do Estado Mental, a Escala de Depressão Geriátrica e uma entrevista semiestruturada sobre o envelhecimento. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, sob parecer n. 2.041.710. As entrevistas foram analisadas pela análise temática proposta por Minayo com auxílio do software ATLAS.ti. Resultados: Após a análise, emergiram três categorias, significado do envelhecimento, como subcategorias modificações do envelhecer aspectos positivos e negativos; sentimentos sobre o envelhecimento e a subcategorias emoções percebidas, espiritualidade e solidez das relações familiares; e expectativas frente ao envelhecimento, e sua subcategoria contato familiar. Conclusão: A partir dos resultados e experiências desse estudo, infere-se que diversos fatores afetam a autopercepção do envelhecimento das pessoas idosas como as modificações fisiológicas e as relações familiares, indo além das próprias condições psicológicas visto que todas as idosas possuem indicativo de depressão. Essa visão do envelhecer prejudicada acaba por afetar o envelhecer ativo e saudável dessas pessoas idosas colaborando para o declínio cognitivo, incapacidade funcional e dificultando a inserção na sociedade. Diante disso, percebe-se que os profissionais de saúde, em especial o enfermeiro, devem atentar para as informações subjetivas, que vão além do que se pode observar, além do modelo biomédico, uma visão holística, acolhedora e atenciosa, visto que o quadro de saúde da pessoa idosa, tanto física quanto psicológica pode estar comprometido pela sua autopercepção de saúde.