Papéis ocupacionais e autocuidado em pacientes oncológicos submetidos à quimioterapia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: CHAGAS, Leidiane Mota de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Curso de Graduação em Enfermagem
Brasil
UFTM
Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Atenção à Saúde
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/tede/708
Resumo: A quimioterapia antineoplásica causa efeitos tóxicos que podem ser minimizados e até evitados a partir de cuidados à saúde que também devem ser realizados pelo próprio paciente. O autocuidado tem sido apontado na literatura como importante estratégia de saúde para garantir a funcionalidade e até mesmo a sobrevivência do câncer. Dessa forma, diminuem-se os sintomas e busca-se a participação nas atividades de vida a fim de manter a funcionalidade. Por sua vez, as atividades são permeadas pelos papéis ocupacionais desempenhados por cada pessoa em seus contextos de vida. Este estudo objetivou analisar os papéis ocupacionais e a capacidade de autocuidado de pacientes oncológicos, adultos e idosos, submetidos a tratamento quimioterápico antineoplásico em um hospital universitário. Trata-se de um estudo quantitativo transversal, realizado na Central de Quimioterapia do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro com 79 participantes. Nas entrevistas foram utilizados um questionário de avaliação sociodemográfica e clínica, o Inventário de Sintomas do MDASI Cancer Center, a Lista de Papéis Ocupacionais e a Escala de Avaliação para Capacidade do Autocuidado-ASAS-R. Utilizou-se o Statistical Package for Social Sciences- SPSS Statistics 21.0 para realização das análises estatísticas do Teste “t” de Student e Correlações de Pearson e de Spearman. A influência simultânea de preditores demográficos, clínicos e dos papéis sobre o autocuidado foi realizada através da análise de regressão linear múltipla, adotando o nível de significância de α= 0,05. A amostra apresentou média de idade de 56,9 anos, a maioria casados (58,2%), com baixa renda e pouca escolaridade. O câncer do sistema digestório foi o mais encontrado (35,4%) e o tratamento quimioterápico antineoplásico curativo foi o mais frequente (50,6%). Fadiga e falta de apetite foram os sintomas relatados por 60,4% e, 78,5% informaram que suas atividades de vida foram a área mais afetada pelos mesmos. O papel de “trabalhador” foi o de maior perda no presente e o de “membro de família” o mais desempenhado, mesmo após o início da quimioterapia. Identificou-se escores elevados de autocuidado, principalmente relacionados ao maior grau de importância do papel de “amigo” e à interferência dos sintomas nas atividades de vida. Dado o exposto, torna-se importante ao profissional de7 saúde contemplar os sintomas decorrentes do tratamento e como estes afetam as atividades e a rede de apoio social do paciente oncológico submetido à quimioterapia.