Tradução, adaptação cultural e validação para o português do Brasil da escala Full Outline Of Unresponsiveness

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: PIRES, Fabiana Cristina
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Curso de Graduação em Enfermagem
Brasil
UFTM
Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Atenção à Saúde
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/123456789/1201
Resumo: A crescente necessidade de assistência à saúde eficaz e confiável instigou os pesquisadores de todo o mundo a desenvolver escalas para a avaliação clínica de pacientes graves para identificar, mensurar e avaliar as condições clínicas com maior precisão. O paciente grave necessita de uma avaliação de seu estado neurológico e um dos parâmetros é a avaliação do nível de consciência. Para esse fim, desenvolveu-se a escala Full Outline of UnResponsiveness a fim de superar as limitações da Escala de Coma de Glasgow. Entretanto, a ausência de validação dessa escala para o português do Brasil dificulta a sua adoção para a realidade nacional, sendo assim surge a necessidade de traduzir, adaptar culturalmente e validar para o português do Brasil a escala Full Outline of UnResponsiveness. O objetivo do presente estudo é traduzir, adaptar culturalmente e validar para o português do Brasil a escala Full Outline of UnResponsiveness a fim de avaliar o nível de consciência de pacientes graves. Trata-se de um estudo metodológico, desenvolvido por meio dos sete passos, sendo eles: tradução da escala, obtenção do primeiro consenso, avaliação pelo comitê de especialistas, retrotradução, obtenção posterior de um consenso das versões em português em comparação com a original, avaliação semântica e pré teste. Os dados foram coletados entre agosto e novembro de 2020, no pronto-socorro de um hospital universitário do interior de Minas Gerais. Incluíram-se os pacientes graves, com idade igual ou superior a 18 anos, hemodinamicamente instáveis ou compensados hemodinamicamente, mas com risco de descompensação e em uso de drogas vasoativas ou outra forma de suporte cardiovascular. Excluiram-se aqueles em uso de sedação. As propriedades métricas da escala foram verificadas por testes estatísticos: a validade de critério concorrente (coeficiente de correlação de Spearman e Pearson) e preditiva (Regressão de Cox), consistência interna (alfa de Cronbach) e confiabilidade interobservador (coeficiente Kappa ponderado e coeficiente de correlação intraclasse – ICC). Totalizaram 130 participantes, 79(60,3%) do sexo masculino, 83(63,1%) casados, com idade média de 64,23 anos (DP= 14,49, variação de 27 a 92 anos). Com relação aos dados clínicos, 50(38,5%) foram diagnosticados com Infarto Agudo do Miocárdio (IAM). A maioria 104(80%) se encontrava compensada hemodinamicamente e 84(64,6%) em uso de outras formas de suporte cardiovascular. As análises estatísticas demonstraram que o risco relativo da escala foi de 0,80, o teste de Spearman 29 para itens variou entre 0,97 e 1,0 e o teste de Pearson para escores totais foi de 0,96. O alfa de Cronbach foi de 0,93. O Kappa ponderado para itens variou entre 0,89 e 1,0 e o ICC para escore total resultou em 0,99. Ressalta-se que os resultados apresentados foram considerados positivamente significativos. A escala Full Outline of UnResponsiveness – versão para o português brasileiro, manteve as equivalências conceitual, cultural, semântica e idiomática após tradução e adaptação; demonstrou validade de face; apresentou validação por meio da validade de critério concorrente e preditiva, consistência interna e confiabilidade, mostrando-se uma escala válida, confiável e fidedigna para avaliar o nível de consciência de pacientes graves.