Modulação autonômica cardíaca e níveis séricos de sulfato de dehidroepiandrosterona em idosos fisicamente ativos praticantes de treinamento físico concorrente

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: MELO, Poliana Morais
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Curso de Graduação em Educação Física
Brasil
UFTM
Programa de Pós-Graduação em Educação Física
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/tede/287
Resumo: O declínio relativo à idade na produção de sulfato de dehidroepiandrosterona (DHEA-S) vem atraindo a atenção por causa de sua possível relevância para a etiologia e tratamento de distúrbios clínicos relacionados com a idade. Várias anormalidades da função do sistema cardiovascular têm sido descritas nos idosos. Entre elas, disfunção autonômica cardíaca tem sido relatada. Dados obtidos recentemente por nosso grupo mostram pela primeira vez, que DHEA-S sérica diminuída está associada com baixa variabilidade da frequência cardíaca (VFC) em idosos sedentários. Dessa forma, o presente estudo teve como objetivo investigar em idosos fisicamente ativos praticantes de treinamento físico concorrente as concentrações séricas de DHEA-S e sua associação com a VFC. Vinte e dois idosos de ambos os sexos com 66,1 ± 4,9 anos de idade participaram deste estudo e foram separados em dois grupos: ativos (n=12) e sedentários (n=10). Foram avaliadas características antropométricas e composição corporal, frequência cardíaca (FC), pressão arterial (PA), duplo produto (DP), VFC no domínio do tempo (DT) e da frequência (DF) em repouso e durante a manobra postural ativa, concentrações séricas de DHEA-S e cortisol. Para todas as análises estatísticas utilizou-se a significância p<0,05. Nós não encontramos diferenças nas características antropométricas e na composição corporal entre os grupos de idosos. Por outro lado, o grupo de idosos ativos apresentou uma maior bradicardia de repouso quando comparados ao grupo de idosos sedentários. Não ocorreram diferenças nos parâmetros basais da PA e do DP entre os grupos. Os resultados da VFC na análise do DF demonstraram que os idosos sedentários apresentaram uma maior modulação simpática e uma menor modulação parassimpática em repouso em comparação com idosos ativos. Após o teste ortostático, entretanto, nós notamos uma menor resposta da FC e do DP, assim como da modulação simpática mensurada pela média da análise espectral no grupo sedentário em relação ao grupo ativo. O hormônio DHEA-S está reduzido nos idosos sedentários. Por outro lado, a concentração sérica de cortisol não foi diferente entre os grupos deste estudo. Nossas análises mostraram não haver correlação significativa entre o DHEA-S e a variância da VFC. Os dados reforçam o conceito de que o aumento de DHEA-S em idosos fisicamente ativos não está relacionado à modulação autonômica cardíaca. Além disso, nossos resultados sugerem que idosos sedentários possuem uma disfunção autonômica marcante e uma produção hormonal mais baixa que pode constituir um importante mecanismo que liga o envelhecimento ao risco cardiovascular.