Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Rabelo, Maria Tereza Piedade [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
eng |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11600/71166
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Resumo: |
Introdução: Jovens com longo histórico de adoecimento na infância e adolescência podem apresentar, após a entrada na fase adulta, importante declínio com os cuidados, desde piora na adesão ao tratamento até mesmo seu abandono. Por conta disso, medidas, como criação de ambulatórios de transição com diferentes formatos, publicações de diretrizes e outras iniciativas, passaram a ser tomadas por grandes centros de saúde ao redor do mundo com o intuito de minimizar essa questão. Apesar da vasta literatura internacional sobre o tema, há escassez de pesquisas que privilegiam a voz dos sujeitos adoecidos e suas lógicas subjetivas, assim como de estudos acerca dos processos de transição que também abarcam projetos de vida. Objetivo: Este estudo visa construir uma metodologia de intervenção psicossocial que auxilie o processo de transição dos pacientes, visando sobretudo à reinserção social. Essa metodologia se norteia principalmente por teorias psicanalíticas de Freud e Lacan e, também, pela proposta de um trabalho interdisciplinar da psicanálise com o campo da Filosofia da Saúde. Esta proposta considera, em especial, a subjetividade oriunda do impacto da experiência de adoecimento. Método: O local é o Ambulatório de Transição do setor de Reumatologia Pediátrica do Departamento de Pediatria da Unifesp. Pesquisa com método psicanalítico. A coleta de dados ocorreu em três etapas: (1) entrevistas em profundidade com pacientes do ambulatório de Transição; (2) entrevistas em profundidade com médicos reumatologistas pediátricos e residentes médicos do programa de Reumatologia Pediátrica; e (3) intervenção em grupo interdisciplinar: Psicanálise e Filosofia da Saúde com pacientes do ambulatório de Transição. A análise dos dados foi realizada por meio do método psicanalítico e será discutida a partir das teorias psicanalíticas de Freud e Lacan. Resultados: O tema da transição da pediatria para os serviços de saúde de adultos não apareceu como o elemento principal mobilizador de angústia, mas, sim, a vida adulta e a falta de perspectiva futura decorrente das limitações impostas pela doença. Foi identificado o efeito de devastação do sujeito por meio do sintoma “falados pela doença” evidenciada a partir da paralisia do movimento seja na via da inibição, seja no fenômeno de abalo fantasmático. A relação médico–paciente pode contribuir com a devastação em virtude da relação estrutural do discurso médico com a subjetividade. O trabalho em grupo constituiu-se como um espaço de elaboração subjetiva ao produzir efeitos de sujeito. Conclusão: Há um risco da hipervalorização da discussão a respeito do ganho de autonomia do indivíduo na área da saúde em detrimento do debate sobre a necessidade de implementação de medidas que possam reparar desigualdades. Os jovens, apesar de possuírem importantes conhecimentos técnicos e habilidades cognitivas a respeito da autonomia em saúde, podem permanecer paralisados na doença. Portanto, faz-se necessária a promoção de espaços no ambulatório de transição que considerem a subjetividade. |