Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Pessuti, Carmen Adelaide Baptista da Luz [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11600/72185
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Resumo: |
Objetivo: Foram realizados três estudos com técnicas relacionadas de proteômica, sendo um com método SomaScan® (uveítes) e dois com método de espectrometria de massa (melanoma uveal (MU) e toxoplasmose ocular (TO). O primeiro estudo teve o objetivo de investigar o perfil proteômico do humor aquoso e do plasma em pacientes com uveítes. O segundo e o terceiro estudos tiveram o objetivo de determinar o perfil proteômico de vesículas extracelulares isoladas em amostras de pacientes com MU e com TO, respectivamente. Métodos: No primeiro estudo, o humor aquoso e o plasma foram obtidos de 28 pacientes com uveíte infecciosa, 29 pacientes com uveíte não infecciosa e 35 controles submetidos à cirurgia de catarata, sendo o perfil proteômico analisado pela tecnologia SomaScan®. No segundo estudo, humor aquoso, humor vítreo e plasma foram coletados de sete pacientes com melanoma uveal, após enucleação; humor aquoso e plasma foram coletados de sete pacientes sem câncer e submetidos à cirurgia de catarata (grupo controle). No terceiro estudo, humor aquoso e plasma foram coletados de seis pacientes com TO ativa e seis pacientes submetidos à catarata. As vesículas extracelulares foram isoladas e a análise de rastreamento de nanopartículas foi realizada para determinar o tamanho e a concentração de vesículas extracelulares. Os marcadores de vesículas extracelulares, CD63 e TSG101, foram avaliados por immunoblotting e o perfil proteômico das vesículas extracelulares foi caracterizado por espectrometria de massa. Resultados: No primeiro estudo, encontramos 1844 e 2484 proteínas supra-reguladas e 124 e 161 proteínas infra-reguladas no humor aquoso dos grupos uveíte infecciosa e uveíte não infecciosa, respectivamente. No plasma, três proteínas foram supra-reguladas em pacientes de uveíte não infecciosa e uma e cinco proteínas foram supra-reguladas em pacientes com uveíte infecciosa e uveíte não infecciosa, respectivamente. A análise do enriquecimento da via para os grupos uveíte infecciosa e uveíte não infecciosa foi relacionada principalmente a processos inflamatórios e regulatórios. No segundo estudo, a concentração média de vesículas extracelulares foi maior em todas as amostras de pacientes com melanoma uveal que nas amostras do grupo catarata e a concentração média de vesículas extracelulares foi significativamente menor no humor aquoso e plasma que no humor vítreo. No último estudo, um total de 67 novas proteínas derivadas de vesículas extracelulares foram encontradas no humor aquoso e no plasma dos grupos toxoplasmose ocular e catarata. Essas proteínas estavam envolvidas na ativação do sistema imunológico, homeostase da retina, fatores relacionados a infecções e doenças associadas à retina. Conclusões: o SomaScan® foi capaz de detectar novos biomarcadores de humor aquoso e proteínas plasmáticas em pacientes com uveíte infecciosa e uveíte não infeciosa. Além disso, proteínas derivadas de vesículas extracelulares identificadas em humor aquoso, humor vítreo e plasma de pacientes com MU sugerem o uso de sangue para monitorar pacientes com melanoma uveal, como uma biópsia líquida não invasiva. Ademais, as distintas assinaturas proteicas entre pacientes dos grupos de TO e de catarata seriam úteis para o diagnóstico diferencial no futuro. |