A formação de pós-graduandos para o desenvolvimento tecnológico e para a inovação em saúde no Brasil : um estudo a partir dos projetos pedagógicos e grades curriculares dos programas acadêmicos da Grande Área Ciências da Saúde - Medicina III
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=5032160 https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/50764 |
Resumo: | INTRODUÇÃO: Com a nova economia global, a competência dos países ficou cada vez mais relacionada à sua capacidade de converter conhecimento em inovação e, por isso, as universidades ao redor do mundo passaram a incorporar a responsabilidade pela transferência do conhecimento produzido para o setor produtivo, tendo que desenvolver relacionamentos com empresas e com o governo, nos sistemas de inovação de seus países. No Brasil, a relação entre universidade e empresa é um fenômeno ainda recente, e não sabemos se os programas de pós-graduação estão preparando seus pós-graduando para atuar com essas novas demandas, conforme estabelece as diretrizes e metas do Plano Nacional de Pós-Graduação 2011-2020 da CAPES, adequando seus projetos pedagógicos e grades curriculares para consolidar uma política de pós-graduação e pesquisa para o Brasil, comprometida com a competitividade e com o desenvolvimento do país. Como o tema é amplo e os cursos são muitos, elegeu-se para o estudo a área da saúde, e optou-se por estudar os programas acadêmicos de pós-graduação da Grande Área Ciências da Saúde – Medicina III, que têm apresentado um viés muito propulsor de inovação. OBJETIVOS: Conhecer, através de estudo minucioso dos sites, levantamento em banco de dados de patentes, e entrevista com os coordenadores, a maneira como os programas estão formando mestres e doutores para as áreas de Desenvolvimento Tecnológico e para a Inovação, tendo como base seus projetos pedagógicos e grades curriculares. MÉTODOS: o estudo teve natureza aplicada, abordagem quanti-qualitativa e objetivo exploratório. RESULTADOS: No geral, os projetos pedagógicos e as grades curriculares dos programas eleitos para esse estudo, não demonstram estar alinhados com as diretrizes e metas do PNPG 2011- 2020 da CAPES, no tocante à formação de recursos humanos para o desenvolvimento tecnológico e para a inovação, pois a natureza das propostas desses programas, não evidenciam interesses acadêmicos na formação de pós-graduandos, em processos que vão além da pesquisa e de sua publicação. A maioria dos programas também não demonstra manter áreas de concentração e linhas de pesquisa desenvolvidas em parceria com o setor produtivo, visando o desenvolvimento de novos produtos e patentes, processos de transferência de tecnologia para o mercado, criação de startups e spin-offs, além de teses e publicações. Não demonstra também disponibilizar disciplinas para formação de pós-graduandos para o desenvolvimento tecnológico e inovação. Grande parte dos programas também não dispõe de cláusulas em seus regulamentos que estimulem e sistematizem atividades inovadoras em parceria com empresas. As ações que são desenvolvidas por parte dos programas, ficam geralmente sob o acompanhamento e supervisão de professores orientadores interessados nesse tipo de pesquisa, seguindo paralela e concomitantemente aos projetos pedagógicos e às grades curriculares dos cursos, que não são flexíveis, a ponto de absorver essas ações e resultados. CONCLUSÃO: Como no Brasil a política de inovação está ancorada nas ICTs e nos egressos dos programas de pós-graduação, essa discussão precisa avançar e gerar mudanças que requerem um repensar de novas propostas pedagógicos para fazer frente a essa nova realidade, tendo em vista que, para o desenvolvimento de uma cultura empreendedora, é importante que haja flexibilidade nas grades curriculares para que conhecimentos, competências, habilidades e atitudes sejam plenamente desenvolvidos pelo corpo discente dos programas. |