Razões e desrazões do coração: visões e significados acerca do transplante do coração a partir de narrativas orais de uma equipe interdisciplinar de saúde
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=2955028 http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/48874 |
Resumo: | O presente estudo objetivou desenvolver, a partir de relatos de história oral de vida de uma equipe interdisciplinar de transplante do coração, sobre as visões e significados atribuídos ao transplante do coração, numa perspectiva não apenas funcional, mas também simbólico-cultural, psicológica e existencial. Para compreensão e análise dessa experiência, partimos de uma abordagem de cunho metodológico qualitativo. Os dados foram colhidos por meio de entrevistas realizadas de acordo com a abordagem da História Oral de Vida. Foram entrevistados nove profissionais (médico, enfermeiro, nutricionista, fisioterapeuta e psicólogo), com experiência na área. Os textos gerados a partir das entrevistas foram analisados mediante técnicas de imersão/cristalização, estilo inspirado pela Fenomenologia Hermenêutica. Os núcleos temáticos emergidos foram: 1) Coração: uma bomba-biomecânica ou sede da alma? - Detectamos na narrativa de nossos entrevistados que o coração passou a ser uma bomba biomecânica, fruto de uma compreensão absorvida pelas ciências médicas atuais e herdeira do positivismo de Descartes; porém, simultaneamente, concepções e visões de ordem ?irracionais?, simbólicas e mesmo poéticas sobre o coração, que derivam de crenças e tradições supostamente ultrapassadas, teimam em permanecer, muitas vezes, de forma surpreendente e inconsciente, não apenas no discurso do paciente leigo, mas também no do profissional especializado, tão bem formado e treinado; 2) Realidade e Fantasias no transplante do coração ? Constatamos, em alguns integrantes da equipe, a dúvida e curiosidade em saber se o coração muda a personalidade, mesmo de posse de explicações cientificas (diríamos que fica em suspenso sempre algo que transcende a uma explicação biomédica e mecânica do transplante); 3) O transplante do coração como teatro e palco para se pensar a morte - Notamos sentimentos ambivalentes na equipe de transplante, desde a chegada do órgão (doador), se este está vivo ou morto, até o procedimento em sí, acreditar ou não no transplante, passando pela questão do número de transplantes a serem realizados e terminando com a ideia do transplante como uma jogada de mestre contra a morte. |