Novo peptídeo troiano antitumoral derivado da proteína WT1 (Wilms - tumor 1): atividade antimelanoma de WT1-pTj e seus mecanismos de ação
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=2701521 http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/48075 |
Resumo: | Em busca de marcadores tumorais preferencialmente expressos em células de melanoma, a aplicação de um protocolo de imunização baseado na subtração da tolerância imunológica possibilitou a produção e caracterização de anticorpos de especificidade bastante restrita reconhecendo a proteína WT1. Considerando o papel de WT1 na sobrevivência e na metástase de células de melanoma, uma sequência com características ?troianas? contendo uma série de resíduos de aminoácidos básicos (R/K) intercalados foi localizada na proteína WT1. O peptídeo, designado WT1-pTj, foi caracterizado como um agente que apresenta atividade antimelanoma in vitro e in vivo. Neste estudo, verificamos que o peptídeo WT1-pTj entrou rapidamente em células de melanoma e provocou a senescência celular, conforme foi sugerido pela coloração positiva para a atividade de SA-?-galactosidase, pelo aumento da atividade transcricional de p53 e pela indução dos reguladores negativos da proliferação celular p21 e p27. Além disso, o peptídeo se ligou à proteína supressora de tumor p53 e competiu com WT1 pela ligação à p53. O tratamento com WT1-pTj levou à inibição sustentada do crescimento de células de melanoma, à supressão da clonogenicidade e à parada do ciclo celular na fase G2/M. De modo notável, o tratamento com WT1-pTj inibiu o desenvolvimento de metástases e o crescimento subcutâneo do melanoma murino em modelos singenêicos, e prolongou a sobrevida de camundongos ?nude? inoculados com células de melanoma humano. Nossa investigação in vivo inicial indicou o papel imunomodulador de WT1-pTj, mostrando que células dendríticas singenêicas ativadas pelo peptídeo ex vivo protegeram contra a progressão do melanoma, mesmo em animais com tumores já estabelecidos. Em paralelo, constatamos que o tratamento com o peptídeo induziu a maturação fenotípica e funcional de células dendríticas in vivo e maior produção de citocinas, tais como a IL- 6 e IL-12. Simultaneamente, uma diminuição marcante na produção de TGF-ß1 foi observada em células dendríticas recuperadas de camundongos tratados com WT1-pTj. Ainda, a atividade antitumoral mediada por WT1-pTj foi associada com uma frequência aumentada de linfócitos T infiltrantes tumorais (CD8+ e CD4+células T regulatórias (CD4+ Foxp3+atividade antimelanoma de WT1-pTj e indicam que este) e células NK1.1+) esplênicas. Coletivamente, nossos dados demonstram a atividade antimelanoma de WT1-pTj e indicam que este peptídeo singular derivado de WT1 pode atuar como um potente adjuvante na imunoterapia do câncer. |