Residência Médica em hospital assistencial no estado de Roraima: uma análise
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www2.unifesp.br/centros/cedess/mestrado/teses/tese_154_%20residencia_medica_hospital_assistencial_denise_moreth.pdf http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/41916 |
Resumo: | Este trabalho analisa as especificidades da residência médica em hospitais assistenciais do estado de Roraima. Foi uma pesquisa qualitativa, de caráter descritivo-exploratório, utilizando dois instrumentos de coleta: questionário e entrevista. O questionário foi aplicado a trinta e dois preceptores e quarenta e três residentes das unidades hospitalares de referência e utilizou escala Likert avaliando grau de concordância. A construção das assertivas foi feita a partir dos seguintes núcleos direcionadores: relevância de um programa de residência médica (PRM) em hospital assistencial; estrutura e organização dos PRMs; preceptoria; relação ensino-assistência. Após análise destes questionários, foram elaboradas questões de aprofundamento em um roteiro para entrevistas semi-estruturadas com seis gestores e nove preceptores. O estudo foi autorizado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de São Paulo, parecer 51411/2012. A residência médica em hospitais assistenciais do estado de Roraima promove melhoria na assistência, maior satisfação da população atendida e possibilidade de retaguarda no atendimento. Estimula a educação permanente e a pesquisa, contribuindo para a fixação médica local. Sua implantação foi demandada pela instituição hospitalar e universidade, encontrando estrutura hospitalar não concebida para o ensino, falta de protocolos, resistência inicial do corpo clínico e falta de autonomia da gestão local. Existe dificuldade na organização, na articulação com instâncias gestoras, no estabelecimento de uma cultura de planejamento e na integração com a equipe de saúde do hospital. Porém, há envolvimento das direções nas dificuldades enfrentadas, com interesse para a solução da infraestrutura. Para alguns, existe uma boa interação ensino-assistência, com potencialização da assistência, adequação da rotina assistencial, otimização do aprendizado e possibilidade de desenvolvimento de pesquisa aplicada. Observam-se também dificuldades nesta interação, na diferenciação entre direções e residentes, número reduzido de preceptores, sobrecarga de trabalho, dificuldades de pactuação com a preceptoria, despreparo do preceptor e responsabilidade isolada do residente pela assistência. A preceptoria mostra potencialidades, como crescimento pessoal, orientação ética aos residentes, desenvolvimento do papel de educador e aprimoramento da postura. Promove apoio operacional à assistência com otimização e acompanhamento do trabalho assistencial oferecendo segurança através do apoio técnico aos residentes. Enfrenta dificuldades como a necessidade de preceptores qualificados, escassez de profissionais para a demanda assistencial, falta de compromisso com a função e falta de rotina acadêmica dentro do serviço. É requerida contrapartida da gestão com definição de carga horária à preceptoria, remuneração da função, planejamento conjunto e reconhecimento do seu papel. Acredita-se que o estudo trouxe informações que possibilitam melhor entendimento sobre a residência médica em hospital assistencial. Espera-se contribuir para a discussão sobre o tema e para o desenvolvimento dos programas na região norte do Brasil. |