Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Villanueva, Lucia Alejandra Alfaro [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11600/63077
|
Resumo: |
Introdução: As principais causas de redução na expectativa de vida após o transplante simultâneo de pâncreas e rim (TSPR) são os eventos cardiovasculares e as infecções. Estudos prévios demonstram que a perda de um dos enxertos também tem associação com redução da sobrevida, entretanto as análises de sobrevivência por métodos tradicionais podem apresentar vieses por não considerar o risco competitivo entre os desfechos perda e óbito. Objetivo: Comparar a sobrevida dos pacientes submetidos à TSPR em função da perda do enxerto renal, da perda do enxerto pancreático, ou da perda de ambos os enxertos quatro anos após o transplante. Métodos: Estudo retrospectivo, longitudinal, observacional, com 432 pacientes submetidos à TSPR realizados no Hospital do Rim entre 2000 e 2015. A data final de acompanhamento foi dezembro de 2019. Os pacientes foram categorizados em 4 grupos, de acordo com o status dos enxertos: perda do enxerto renal (PR), perda do enxerto pancreático (PP), perda de ambos os enxertos (PS) e sem perda dos enxertos (SP). As sobrevidas do paciente 1 e 4 anos após o transplante foram avaliadas por curvas de Kaplan-Meier e pelo modelo de riscos competitivos. Para a análise da associação entre o status perda do enxerto e a sobrevida do paciente, modelos univariados e multivariados foram realizados por regressão de Cox, considerando o status SP como referência. Resultados: A frequência de pacientes e o tempo para a ocorrência da perda do enxerto de acordo com os grupos foram: 3,7% para PR, em 14,7 meses; 10,6% para PP em 0,67 meses; e 8,6% para PS em 1,5 e 1,37 meses para perda dos enxertos pancreático e renal, respectivamente. Ao final de 4 anos, 77,1% mantinham ambos os enxertos funcionantes. As sobrevidas do paciente, na análise de Kaplan-Meier, foram de 85,8% e 80,7%,1 e 4 anos após o transplante, respectivamente, não havendo diferenças entre os grupos PP e SP, 86,49% e 93,43%, que foram significativamente superiores aos grupos PS e PR, 25,4% e 43,7%, respectivamente (P<0,001). Ajustados para a idade, os riscos de óbito estiveram associados à PR (HR=5,70; P<0,001) e PS (HR=9,60; P<0,001). Os resultados de sobrevidas do paciente em 1 em 4 anos pelo modelo do risco competitivo foram muito próximos aos observados pelo método de Kaplan-Meier para os grupos PR, PP e SP, entretanto, para o grupo PS, a probabilidade de sobrevivência foi superior quando analisada pelo método dos riscos competitivos: 40,5% vs. 52,4% e 25,4% vs. 32,6%, em 1 e 4 anos, respectivamente. De igual maneira, na regressão de Cox pelos riscos competitivos, PR (HR= 5,09; P<0,001) e PS (HR=9,65P<0,001) aumentaram de forma significativa as chances de óbito do paciente em até 4 anos de seguimento. Conclusão: A perda do enxerto renal ou a perda de ambos os enxertos, tanto o renal, quando o pancreático, impactaram de forma significativa a probabilidade de sobrevivência do paciente submetido à TSPR em 4 anos de seguimento, e esse padrão foi observado tanto na análise de sobrevivência por curvas de Kaplan-Meier, quanto na análise de riscos competitivos. |