Efeito da ingestão de extrato de chá verde rico em epigalocatequina-3-galato sobre reguladores metabólicos hepáticos de camundongos obesos induzidos por dieta hiperlipídica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Santamarina, Aline Boveto [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=2831842
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/48420
Resumo: Introdução: A esteatose hepática tem sido considerada a manifestação hepática da obesidade. Diversos estudos propõem efeitos benéficos das catequinas do chá verde, mas não está clara a influência da suplementação de extrato descafeinado de chá verde rico em EGCG no metabolismo hepático de lipídios. Objetivos: Avaliar o efeito da suplementação de EGCG sobre o metabolismo hepático de lipídios, na ativação da via LKB1 / AMPK nas alterações da homeostase energética que ocorrem na obesidade, em um modelo experimental de obesidade induzida por consumo prolongado de dieta hiperlipídica. Métodos: Os camundongos foram mantidos em gaiolas coletivas, divididos em quatro grupos: dieta controle + água ou EGCG; Dieta hiperlipídica + água ou EGCG. Todos os animais receberam água e dieta ad libitum durante 16 semanas. Os grupos de placebo receberam água (0,1 mL / dia) e grupos suplementados com EGCG (0,1 mL EGCG - 50mg / kg / dia) através de gavagem. Após eutanásia, porções de fígado (FIG), e sangue para obtenção de soro foram coletados. Avaliamos no soro perfil lipídico, glicose, insulina, adiponectina e AGL. Parte do FIG foi utilizado para análise histológica por HE, quantificação TAG, análise de citocinas pró e anti-inflamatórias, atividade enzimática dos complexos da cadeia respiratória mitocondrial, e análise da expressão proteica da via LKB1/AMPK, da via de sinalização da insulina e de receptores de citocinas. Resultados: A suplementação de EGCG se mostrou efetiva em reduzir o ganho de peso, em melhorar a sensibilidade à insulina, o perfil lipídico e a adiponectinemia. EGCG também se mostrou eficiente em estimular a expressão proteica de marcadores da via da insulina como AKT, IR e IRSI. Também estimulou a expressão proteica da via LKB1 / AMPK, aumentando SIRT1, LKB1, AMPK, que por consequência reduziram a expressão proteica de duas importantes enzimas lipogênicas, ACC e FAS, bem como dos fatores de transcrição SREBP 1-c e ChREBP envolvidos também na lipogênese. Adicionalmente EGCG se mostrou capaz de estimular atividade dos complexos enzimáticos da cadeia respiratória mitocondrial no fígado. Esse restabelecimento do perfil metabólico foi visível na análise histológica, pela ausência de acúmulo de gordura no fígado dos grupos suplementados com EGCG. Não houve modificação nos parâmetros inflamatórios avaliados. Conclusão: Este estudo demonstrou que o EGCG restaura o metabolismo hepático de lipídios, prevenindo NAFLD, demonstrando seu potencial como ferramenta na prevenção da obesidade.