Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Urbano, Luisa Maria Cabezas [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/22430
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Resumo: |
Introdução: O ambiente peculiar de aeronaves durante voos apresenta situacoes de agravos e ate ameacas graves a Saúde de passageiros e tripulacao, nos quais a atuacao do comissario de bordo pode ser decisiva. Para tal, e necessario que este esteja adequada e continuamente formado, frente as necessidades impostas por regulamentacoes legais e demandas do cotidiano. Objetivos: Este trabalho intenta, por um lado, caracterizar o profissional comissario de bordo, em particular em suas funcoes relacionadas ao cuidado da Saúde humana, tanto sob o ponto de vista da legislacao vigente quanto da demanda levantada durante quatro anos em situacoes relatadas a bordo de aeronaves de uma empresa nacional de grande porte. Pretende-se elaborar principios norteadores que aprimorem, de forma continua, o processo de formacao profissional adequado. Referencial Teorico: Sao revisadas brevemente a interacao do voo com a Saúde humana, ampliando desta forma o papel do comissario de bordo para alem de suas atribuicoes ligadas ao conforto e a seguranca dos passageiros. A seguir e revisto o verdadeiro emaranhado de documentos legais que regulam o transporte aereo civil, incluindo a formacao do comissario de bordo. Finalmente, sao apresentadas estrategias educacionais que detem o potencial de melhorar a educacao continuada destes profissionais, destacando-se a problematizacao, a educacao de adultos e a aprendizagem significativa. A valorizacao da autonomia intelectual, juntamente com o estudo continuado da demanda de atuacao do profissional contribuem para o desenvolvimento de competencias necessarias a uma pratica que, no conjunto amplo de um curriculo especificamente planejado explicite nao apenas o ensino e a aprendizagem mas a avaliacao ampla do processo e do egresso. Metodologia: A partir de uma perspectiva qualiquantitativa, foram localizados e analisados documentos regulamentadores da aviacao civil brasileira, com foco na formacao do comissario de bordo para intervencao em situacoes de ameaca a Saúde humana. Paralelamente, foram apresentados dados referentes a demanda destas intervencoes durante quatro anos ininterruptos, no ambiente de uma grande empresa de aviacao civil. Resultados: A formacao para o ingresso profissional na aviacao civil brasileira mostrou-se fragil. Por outro lado, fica a encargo das empresas a capacitacao continuada das tripulacoes. Uma parte significativa desta regulacao refere-se a realidades internacionais, sendo adaptada (ou ate mesmo repetida) em nosso pais, estando sujeita, dentre outros fatores, a aspectos politicos. Quanto aos mais de 1600 relatorios analisados referentes a situacoes de ameaca a Saúde de individuos a bordo, chamou a atencao a pouca sistematizacao das informacoes. Para isto, foi proposta a utilizacao de uma versao simplificada da Classificacao Internacional de Doencas (CID-10). Foram entao apresentados os acometimentos de maior incidencia no contexto estudado. Discussao: Os dados foram discutidos frente a relativamente escassa literatura sobre o assunto e originaram as Conclusoes: Como resultado de politicas governamentais que resultam em legislacoes nem sempre claras (ampliando assim a variabilidade das acoes de empresas), a capacitacao de comissarios de bordo para o atendimento de agravos de Saúde ocorridos a bordo ainda e demasiadamente tradicional, nao incorporando, em geral, estrategias mais contemporaneas de desenvolvimento de competencias profissionais frente a demandas, que por sua vez nao sao suficientemente conhecidas ou valorizadas. A Introdução de sistemas telecontrolados (objetivando a minimizacao de erros de procedimentos) traz em si o risco de situar o ser humano apenas como uma parte de uma maquina cujo funcionamento desconhece e, portanto, nao domina. Esta realidade confronta os verdadeiros principios da educacao profissional, que e um dos inumeros contextos de aplicacao da educacao humana |