Diagnóstico, manejo e evolução de pacientes com nódulos tiroidianos tóxicos tratados com radioiodo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Moroto, Débora
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=9968945
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/60453
Resumo: Contexto: Hipertiroidismo associado a nódulo(s) autônomo(s) (Doença de Plummer), corresponde à segunda maior causa de tirotoxicose. Radioiodoterapia é uma opção terapêutica reconhecidamente eficaz. Objetivo: Descrever as formas de apresentação da Doença de Plummer e sua evolução após tratamento com radioiodo e determinar fatores que influenciam na eficácia do tratamento. Pacientes e Métodos: Foram avaliados, retrospectivamente, prontuários de pacientes com mais de 18 anos, com bócio nodular tóxico, tratados com radioiodo entre 1997 e 2017, acompanhados no Ambulatório de Doenças Tiroidianas da Disciplina de Endocrinologia e Metabologia da Escola Paulista de Medicina. Resultados: A eficácia do tratamento com radioiodo foi maior do que 90%, com apenas uma única dose. A dose média de radioiodo foi de 28,9 ± 3,4 mCi (mediana= 30mCi [15-30mCi]). O tempo médio entre a realização do radioiodo e a resolução do hipertiroidismo foi de 3,6 ± 3,0 meses (mediana= 2 [1-12 meses]). Após o primeiro ano, 33,9% dos pacientes apresentavam hipotiroidismo, 59,4%, eutiroidismo e 6,7%, permaneciam em hipertiroidismo. Nos não-respondedores ao radioiodo, as variáveis que apresentaram diferença estatística foram o diagnóstico (bócio multinodular tóxico) e a dose de radioiodo (média= 25,5 ± 6,5 mCi; mediana= 30 (15-30mCi)]. A taxa acumulada de hipotiroidismo foi de 48,9% em 20 anos de seguimento. Conclusão: a radioterapia é uma medida eficaz e segura. Na Doença de Plummer, são esperadas altas taxas de eutiroidismo pós radioiodo. Falha terapêutica foi observada em pacientes com bócios maiores, multinodulares, tratados com menores doses. A evolução para hipotiroidismo foi observada principalmente em pacientes mais jovens, com bócios maiores e uninodulares.