Valor preditivo da variação de pressão de pulso para resposta a infusão de fluidos em pacientes ventilados com estratégia protetora

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Freitas, Flavio Geraldo Rezende de [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/22611
Resumo: Objetivos. A aplicabilidade da variação de pressão de pulso (ΔPP) em predizer a resposta à infusão de fluidos em pacientes sob estratégia ventilatória invasiva protetora é incerta na pratica clínica. Desenhamos esse estudo para avaliar a acurácia deste parâmetro em pacientes sépticos ventilando com baixos volumes correntes (6ml.kg-1). Métodos. Foram incluídos quarenta pacientes após a fase de ressuscitação da sepse grave e choque séptico que estavam ventilados com volume corrente de 6ml.kg-1. O ΔPP foi calculado automaticamente no baseline e após prova de volume (7ml.kg-1). Pacientes que apresentaram incremento do debito cardíaco acima de 15% foram considerados respondedores. O valor preditivo do ΔPP e das variáveis estáticas (pressão atrial direita e pressão ocluída de artéria pulmonar) foi avaliado através da análise da curva ROC (receiver operating characteristics). Resultados. Trinta e quatro pacientes apresentavam características consistentes com lesão pulmonar aguda ou síndrome de angústia respiratória aguda (LPA / SDRA) e foram ventilados com altos níveis de PEEP [10.0 (10.0-13.5)]. Dezenove pacientes foram considerados respondedores. A pressão atrial direita e pressão ocluída de artéria pulmonar aumentaram significativamente e o ΔPP diminuiu significativamente após infusão de fluidos. O desempenho do ΔPP [área da curva ROC: 0,91 (0,82-1,0)] foi superior a pressão atrial direita [área da curva ROC: 0,73 (0,59-0,90)] e a pressão ocluída de artéria pulmonar [área da curva ROC: 0,58 (0,40-0,76)]. A análise da curva ROC revelou que o melhor ponto de corte para o ΔPP foi de 6,5%, com uma sensibilidade de 0,89, especificidade de 0,90, valor preditivo positivo de 0,89 e valor preditivo negativo de 0,90. Conclusão. O ΔPP automatizado prediz com exatidão a resposta à infusão de fluidos em pacientes sépticos ventilados com baixos volumes correntes.