Uso da cinemática tridimensional para análise dos efeitos da viscossuplementação em pacientes com osteoartrose do joelho: um ensaio clínico randomizado e duplo-cego

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Metsavaht, Leonardo Fossati [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/69042
Resumo: Objetivo: O presente estudo tem como objetivo utilizar a tecnologia da cinemática 3D da marcha, para verificar os efeitos de uma intervenção conservadora de viscossuplementação articular comparados com um tratamento placebo em pacientes com OA avançada do joelho. Métodos: Quarenta e dois pacientes com osteoartrose avançada do joelho foram randomizados em dois grupos, sendo que um deles recebeu injeção com 4 ml de viscossuplementação (GVS) 80 mg de ácido hialurônico ativo de alta densidade associado com 160 mg de sorbitol (Synolis VA ®, Aptíssen S.A., Suíça) e o outro injeção salina (placebo), sempre guiados por ultrassom em sala apropriada para pequenas intervenções do hospital-dia do Hospital da Força Aérea do Galeão (HFAG, Rio de Janeiro, Brasil). Todos foram avaliados por meio de análise de marcha tridimensional (3D) antes da intervenção, e após uma, seis e 12 semanas (SEM1, SEM6 e SEM12), quando foram analisados no plano sagital os picos de flexão e de extensão do joelho, no plano coronal os picos de deslocamento em varo e em valgo do joelho e no plano axial as rotações interna e externa. Os pacientes e a equipe de saúde envolvidos na coleta, processamento e análise dos dados foram mascarados quanto à alocação dos participantes nos grupos. Resultados: No plano sagital, o GVS aumentou o pico de extensão máxima do joelho (3,2º, IC 95% [0,7 a 5,7]; p=0,02) e diminuiu o pico de flexão máxima do joelho (-3,6º, IC 95% [-6,1 a -1,2]; p<0,001) após na SEM1, em comparação com o placebo. Na SEM6, o grupo GVS manteve a redução do pico de flexão máxima durante a marcha em comparação com o placebo (-2,6º, IC 95% [-5,2 a 0,0]; p=0,05). No plano axial, o GVS apresentou um aumento no pico de rotação interna máxima do joelho em comparação com o placebo na SEM12 (3,9º, IC 95% [0,3 a 7,7]; p=0,04). O GVS reduziu o tempo de apoio simples na SEM1 (-1,9%, IC 95% [-0,5 a -3,2]; p=0,01) e aumentou o tempo total da fase de apoio na SEM12, quando comparado com o placebo (4,3%, IC 95% [1,0 a 7,6]; p=0,01). Conclusões: O presente estudo demonstrou melhora funcional da marcha com mudanças cinemáticas nos planos sagital e axial do joelho, bem como dos parâmetros espaço-temporais, em indivíduos com OA avançada, após VS intraarticular comparativamente ao placebo.