Overviews of reviews e questionário aplicado aos estudantes de medicina sobre a temática farmacogenética

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Lara, Danilo Vieira de [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11600/72260
Resumo: Objetivos: Conduzimos overviews of reviews sobre o uso de testes farmacogenéticos para as áreas de oncologia, cardiologia, hematologia, psiquiatria e neurologia, baseando-nos em pares fármaco-gene clinicamente relevantes; além disso, avaliamos o conhecimento de estudantes de medicina de universidades públicas brasileiras, por meio de questionário, sobre a área da farmacogenética e a interpretação de testes farmacogenéticos. Métodos: Realizamos uma busca no Medline, Embase e Biblioteca Cochrane. O instrumento de pesquisa foi um questionário de 16 questões com base nos padronizados da literatura. Houve atribuição de pontuações de questões automaticamente após o participante enviar o formulário. A análise estatística foi realizada utilizando o software SPSS 25.0, com significância definida em valores de p inferiores a 0.05. Resultados: Selecionamos quarenta e três revisões sistemáticas. Os pares fármaco-gene mais estudados foram, para a Oncologia: tamoxifeno – CYP2D6; fluorouracil – DPYD; Cardiologia: clopidogrel – CYP2C19; Hematologia: varfarina – CYP2C9, VKORC1; Neurologia: carbamazepina – HLA-A, HLA-B; oxcarbazepina – HLA-B; fenitoína – CYP2C9; e Psiquiatria: citalopram/escitalopram – CYP2C19; paroxetina – CYP2D6. Porém, diversas revisões foram classificadas como “qualidade criticamente baixa” ou “qualidade baixa”. Cento e um estudantes de graduação em medicina, voluntários (47 homens; 53 mulheres e 1 não especificado), forneceram seu consentimento informado e foram incluídos no estudo. A média de idade foi de 25,3±5,3 anos. A média de pontuação geral dos estudantes, independentemente do ano curricular de graduação matriculado, foi 1.9±0.9 (46.8%) de 4.0 (100%) pontos avaliados nas quatro questões de conhecimento do questionário. Conclusões: Há necessidade de mais revisões sistemáticas de alta qualidade, que avaliem o risco de viés, com definições consistentes de resultados clínicos para considerar os benefícios dos testes farmacogenéticos. Os estudantes de medicina souberam definir o conceito de farmacogenética, concordaram que é importante para a prática clínica deles, porém há necessidade de mais desenvolvimento do conhecimento sobre o uso e a interpretação dos testes farmacogenéticos.