Níveis de células progenitoras endoteliais e micropartículas circulantes em pacientes de alto risco recebendo tratamento hipolipemiante

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Lins, Livia Campos do Amaral Silva [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=931970
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/48240
Resumo: Objetivo: A inflamação e a doença arterial coronariana modulam o turnover de células endoteliais e podem prever desfechos. Nosso estudo teve por objetivo avaliar os efeitos de terapias hipolipemiantes em células progenitoras endoteliais (CPE), micropartículas endoteliais (MPE) e plaquetárias (MPP) em pacientes de alto-risco com níveis elevados de Proteína C-reativa (PCR). Métodos e Resultados: Foram selecionados 63 pacientes com doença arterial coronariana (CAD) ou seus equivalentes de risco, sob tratamento com estatinas. Após run-in de 4 semanas, com atorvastatina 10 mg, os pacientes que possuíam níveis de colesterol LDL(LDL-C) <100 mg/dL e PCR >2.0 mg/L foram randomizados para mais 4 semanas de tratamento com atorvastatina 40mg, ezetimibaa 10mg ou a combinação de atorvastatina 40mg / ezetimiba 10mg. O estudo foi randomizado, aberto, com os braços paralelos e com desfechos cegos. CPE (CD34+/CD133+/KDR+), MPE (CD51+) e MPP (CD42+/CD31+) foram quantificadas por citometria de fluxo no período basal e ao final do estudo. Os grupos atorvastatina 40mg e atorvastatina 40mg / ezetimiba 10mg reduziram o LDL-C (P<0.001 vs. basal, teste-T pareado). A terapia de associação reduziu os níveis de PCR ultra-sensível (PCR-us), enquanto o grupo ezetimiba 10 mg aumentou o LDL-C (P<0.001 vs. basal, teste-T pareado) e não modificou os níveis de PCR-us. Redução nas CPE CD34+/KDR foi observada após terapia com ezetimiba isolada (P=0.011 vs. basal, teste de Wilcoxon) ou combinada com atorvastatina (P=0.016 vs. basal, teste de Wilcoxon). A ezetimiba também elevou os níveis de MPE CD51+ (P=0.017 vs. basal, teste de Wilcoxon). Nenhuma relação com o LDL-C e a PCR foi observada para estes marcadores. Conclusões: Estes resultados contribuem para melhor compreensão da ligação entre inflamação e homeostase vascular e destacar o benefício das estatinas na diminuição da inflamação e na prevenção de liberação de micropartículas, um efeito não observado com a ezetimiba.