O racismo na adolescência e o serviço social: desafios para o serviço de convivência e fortalecimento de vínculos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Rodrigues, Ana Paula Gil [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11600/62500
Resumo: Esta pesquisa tem como objetivo principal analisar como o racismo está presente na vida dos/as adolescentes negros e negras nos espaços institucionais dos Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculo, bem como averiguar a compreensão dos/as profissionais de Serviço Social perante a realidade posta. Com isso, pretende-se fomentar a garantia da igualdade racial e direitos sociais, perante o racismo presente no contexto de reprodução das relações sociais dominantes, conservadoras e preconceituosas. O percurso metodológico envolveu a pesquisa baseada em referenciais bibliográficos que possibilitaram a compreensão e explanação do tema abordado e a pesquisa de campo amparada por uma abordagem qualitativa, mediante a qual foram levantados conteúdos das vivências dos/as adolescentes negros e negras em relação ao racismo, por meio de entrevista semiaberta, considerada uma importante técnica de investigação social, que contribuiu para que os/as mesmos/as pudessem expressar suas experiências e entendimentos. A pesquisa de campo também envolveu os/as profissionais de Serviço Social que atuam nos Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, por meio de um levantamento de suas vivências e percepções quanto à temática abordada. A aproximação com as realidades relatas pelos/as adolescentes negros e negras conduz à reflexão de como o racismo é presente e naturalizado em atitudes cotidianas que perpassam o contexto de suas vivências. O contato com os/as profissionais de Serviço Social demonstra o quanto a questão racial necessita ser trabalhada no sentido de conduzir os/as mesmos/as a construírem uma compreensão que ultrapasse a esfera individual quanto ao reconhecimento do racismo, levando-os/as a exercerem uma atuação que efetive o enfrentamento e combate ao racismo. Conclui-se que muitos dos/as adolescentes negros e negras que frequentam os Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos enfrentam cotidianamente práticas racistas e, a fim de que tais serviços passem a verdadeiramente proteger e valorizar o referido público, é necessário o urgente comprometimento dos/as profissionais no enfrentamento e combate ao racismo.