Caracterização eletroquímica e espectroscópica da interação cobre-carbaril em meio aquoso

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Silva, Helia Aparecida [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/70695
Resumo: Pesticidas são substâncias utilizadas no combate a diferentes tipos de pragas em plantações e armazenamento de alimentos. O carbaril é um inseticida da classe dos carbamatos muito utilizado no combate a pragas em plantações de banana, abacaxi, tomate, entre outros. Por apresentar em sua estrutura átomos de nitrogênio e oxigênio, com pares de elétrons disponíveis, pode interagir com íons metálicos presentes no ambiente, formando novos compostos, podendo modificar suas propriedades. Para compreender melhor o tipo de interação que ocorre entre o carbaril e os íons metálicos em solução, neste trabalho foi avaliada a interação entre o íon metálico cobre (II) e o pesticida carbaril, utilizando técnicas eletroquímicas e espectroscópicas. Por medidas de voltametria cíclica, observou-se o deslocamento do pico de oxidação do cobre. Por espectroscopia UV-Vis observou-se a variação nas bandas de absorção do ligante quando em presença de metal. A medida de Ressonância Magnética Nuclear nos mostrou variação do sinal em 3,55 ppm, referente ao hidrogênio ligado ao nitrogênio da amida da molécula de carbaril, após a adição de cobre à solução. Isso nos sugere que a interação entre as espécies ocorre por meio deste nitrogênio. Variações também foram observadas nas medidas de espectroscopia de absorção na região do infravermelho, com o surgimento de um novo estiramento com número de onda em 567 cm-1 o qual foi atribuído a interação metal-nitrogênio. Medidas de cromatografia gasosa também foram realizadas e observou-se a variação do tempo de retenção referente ao carbaril em 10,095 minutos e o surgimento de um novo tempo de retenção em 29,311 minutos. Observou-se nos espectros de massa o surgimento de um pico base de 296 m/z sendo, possivelmente, a massa do novo composto. Os resultados obtidos nos indicam que ocorre interação entre o carbaril e o íon metálico cobre em meio aquoso. Esses dados são importantes para compreender, futuramente, a toxicidade desse novo composto formado.