Efeitos de curativo de colágeno de esponja marinha associado ou não à fotobiomodulação no reparo cutâneo de ratos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Sales, Abdias Fernando Simon [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/66344
Resumo: Introdução: Lesões cutâneas representam um grave problema de saúde mundial. A literatura científica indica os curativos de colágeno marinho como promissoras terapêuticas nesse cenário e apresenta a fotobiomodulação (FBM) como um recurso já consolidado na estimulação do reparo tecidual. A hipótese desse trabalho foi de que o curativo de colágeno de esponja marinha apresentaria características físicas adequadas, e que sua associação com a FBM potencializaria o processo de reparo cutâneo. Objetivo: Caracterizar e avaliar os efeitos biológicos de curativo de colágeno de esponja marinha associado ou não à FBM no processo de reparo tecidual em modelo de lesão cutânea de ratos. Material e Métodos: A análise da morfologia do curativo foi realizada por meio de microscopia eletrônica de varredura (MEV) e o ensaio de tração foi utilizado para a mensuração de sua resistência mecânica. Para avaliação dos efeitos biológicos, lesões cutâneas foram realizadas cirurgicamente em 18 ratos, os quais foram divididos igualmente e aleatoriamente em 3 grupos experimentais (n=6): grupo controle (GC): animais com lesão cutânea mas sem tratamento; grupo curativo cutâneo (GCC): animais com lesão cutânea tratados com curativo cutâneo; e o grupo curativo + FBM (GCL): animais com lesão cutânea que receberam 7 sessões de irradiação de laser vermelho (1 J por ponto), em 4 pontos adjacentes ao curativo implantado no local da lesão. Após período experimental de 7 dias os animais foram eutanasiados por overdose anestésica e amostras teciduais do local da lesão foram coletadas e processadas para a realização das avaliações histomorfológicas, histomorfométricas e imunoistoquímica, tanto qualitativas quanto semiquantitativas de COX2, TGFβ, FGF e VEGF. Resultados: O MEV demonstrou que os curativos cutâneos apresentaram poros e fibras interconectas ao longo da estrutura, e adequada resistência mecânica foi observada. Na análise de histomorfologia foi observado que todos os grupos experimentais apresentaram uma incompleta reepitelização, presença de tecido de granulação com infiltrado inflamatório e vasos sanguíneos no local da lesão. Além disso, foram identificados granulomas tipo corpo estranho no GCC e no GCL. Nas histomorfometrias de comprimento da neoepiderme e da ferida, e a área de tecido de granulação não foram identificadas diferenças estatísticas entre os grupos. A imunomarcação de COX2, TGFβ, FGF e VEGF foi observada predominantemente na área da lesão de todos os grupos experimentais, tendo sido identificada uma diferença estatisticamente significativa no score de imunomarcação de FGF do GCL em relação ao GC. Conclusão: O curativo avaliado apresentou características físicas adequadas e sua associação com FBM apresentou efeitos biológicos favoráveis ao processo de reparo cutâneo. Diante desses achados, pode-se concluir que o tratamento associado pode ser considerado como conduta terapêutica promissora à estimulação do reparo cutâneo. No entanto, estudos com períodos experimentais mais longos devem ser realizados para o fornecimento de informações sobre as fases tardias do processo de reparo cutâneo.