Práticas inclusivas: como alunos do Ensino Médio com deficiência intelectual informam a formação de professores de inglês

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Carvalho, Márcia Pereira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11600/71609
Resumo: Esta pesquisa tem por objetivo discutir de que forma as necessidades educacionais específicas (NEEs) de dois alunos com deficiência intelectual (DI) informam as ações e a formação de duas orientadoras-professoras-pesquisadoras e de três alunas-pesquisadoras-professoras para atuarem em agência crítico-colaborativa em um curso de leitura em inglês e em português para alunos com necessidades educacionais intelectuais específicas (NEIEs). Este estudo ocorreu no contexto de uma escola pública de ensino regular em nível Fundamental Anos Finais e Médio da Grande São Paulo. Posta a natureza inclusiva, esta pesquisa trata da criação de possibilidades para que os participantes se apropriem de uma linguagem menos excludente ao discutirem as NEEs observadas no contexto escolar. A discussão aborda a formação e o trabalho coletivo para o desenvolvimento social e intelectual de cada um dos participantes por meio da Teoria Histórico-Cultural (THC). Em direta relação com o desenvolvimento social e intelectual dos participantes de pesquisa, este estudo está apoiado em Freire quando discute a importância da leitura e da escrita como prática de liberdade, indissociável da formação cidadã. Nessa direção, a Pesquisa Crítica de Colaboração – (PCCol) organiza este estudo em que se enfatiza a busca pelo conhecimento não separável da prática, de forma que todos os participantes, inclusive pesquisadoras, compartilhem conhecimentos e reflitam sobre os fazeres no curso de leitura em inglês e em português para alunos com NEIEs e partilhem suas experiências de modo a aprimorar o que realizam. Os dados foram produzidos e filmados em reuniões semanais e no curso de leitura em inglês e em português para alunos com NEIEs presencialmente, em março de 2020, e remotamente no período de distanciamento social, de julho de 2020 a julho de 2021. Para as análises, utiliza-se o conteúdo temático e as perguntas como espaço de expansão dialógica para compreender as relações entre os participantes, assim como as transformações vividas no contexto de pesquisa. Como resultados, apontamos que, ao observar as NEIEs dos participantes com DI, pudemos compreender a importância de realizar entrevistas em todos os momentos de ação com esses partícipes, i. e., ao iniciar o trabalho; no decorrer do processo de ensino-aprendizagem; e com os responsáveis por esses jovens. Ademais, as observações que realizamos foram base para que discutíssemos os conhecimentos propostos no curso à luz do que tinha significado para os participantes com DI. No processo da pesquisa, vislumbramos a agência crítico-colaborativa, a Pedagogia Crítica, a THC e a PCCol como importantes bases para organizar ações de ensino-aprendizagem, em especial com adolescentes e jovens. Para enfatizar nossos resultados, apontamos a intencionalidade como propulsora para avançar no ensino-aprendizagem de pessoas com NEIEs.