Avaliação da estabilidade e permeação cutânea in vitro e ex vivo de ácido retinoico em emulsão e dispersão líquida para uso domiciliar e em peeling

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Raminelli, Ana Claudia Pompeu [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=6304055
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/52543
Resumo: O uso tópico do ácido retinoico (AR) em concentrações de 0,025, 0,05 e 0,1% é o tratamento padrão ouro para o fotoenvelhecimento. Porém, o seu emprego como agente para peeling químico superficial, em formulações com concentrações mais elevadas, necessita de mais estudos para comprovação de eficácia e segurança. Desta forma, este estudo propôs a avaliação da estabilidade de formulações com AR para uso domiciliar (0,05%) e em peeling (5,0%), compostas por diferentes veículos e antioxidantes, já que não há relatos na literatura, e estudo de permeação in vitro através de pele de orelha de suíno e ex vivo em pele de antebraço humano com diagnóstico de fotoenvelhecimento. Para tal, uma metodologia utilizando cromatografia líquida de alta eficiência com detecção no ultravioleta-visível (CLAE-UV-vis) foi desenvolvida e validada. O método foi seletivo, exato, preciso e responsivo para analisar a estabilidade das formulações. As formulações em creme de poliacrilamida foram as mais estáveis, apresentando teor de AR por 180 dias à temperatura de 40,0 ± 2,0 ºC. Além da estabilidade, a permeação in vitro através de células de difusão de Franz foi estudada, utilizando-se pele de orelha de suíno entre o compartimento doador e receptor. Para as formulações a 5,0%, o veículo alcoólico promoveu maior permeação do ativo em camadas mais profundas da epiderme e derme, inclusive sendo detectada concentração do AR na solução receptora. Quando avaliado para uso domiciliar, este veículo promoveu maior retenção do ativo no estrato córneo, sendo que a quantidade encontrada na epiderme e derme foi similar para o veículo emulsionado ou alcoólico. A permeação cutânea ex vivo do AR em emulsão foi avaliada através da quantificação em fragmentos de pele do antebraço humano que receberam a formulação a 5,0% em um antebraço e a preparação a 0,05% em outro. Para isso, outra metodologia foi desenvolvida e validada através de cromatografia líquida acoplada a espectrômetro de massas (LC-MS/MS), a qual mostrou-se sensível, seletiva, precisa e exata. As biópsias da região tratada e da área controle foram realizadas após a permanência das formulações por 6 horas. A maior concentração média de AR foi encontrada no estrato córneo através da aplicação do AR a 5,0%, sendo 5 vezes maior que a concentração média quantificada nos fragmentos com AR a 0,05%, responsável pela ação cutânea superficial. A análise estatística (p<0,05) apontou diferença significativa para as concentrações de AR contidas no estrato e na epiderme / derme. Neste tecido, a concentração de AR foi cerca de 2,5 vezes maior para a formulação a 5,0%, que para a formulação a 0,05%. Por fim, a comparação entre o tratamento da pele com AR a 5,0% por 6 horas e por 4 meses mostrou que o AR foi em torno de 5 vezes maior no tratamento por 6 horas. Porém, através destes resultados pode-se constatar que quando as voluntárias foram submetidas ao tratamento prolongado observou-se um acúmulo de AR nos tecidos cutâneos.