Trypanosoma dionisii: determinação do padrão de expressão de epítopos definidos por anticorpos monoclonais anti- Trypanosoma cruzi e estudos da invasão em linhagens celulares

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Oliveira, Miriam Pires de Castro [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/10147
Resumo: Trypanosoma dionisii é um tripanosomatídeo de morcegos filogeneticamente muito próximo ao Trypanosoma cruzi, agente etiológico da Doença de Chagas que, segundo a Organização Mundial de Saúde, afeta 18 milhões de pessoas na América Latina além de ocorrer aproximadamente 300.000 novas infecções anualmente. Durante seu ciclo de vida, T. dionisii passa por diferentes formas evolutivas alternando entre hospedeiro vertebrado e invertebrado. As formas são: epimastigotas e tripomastigotas metacíclicas no hospedeiro invertebrado e tripomastigotas sanguíneas e amastigotas no hospedeiro vertebrado. As formas tripomastigotas metacíclicas são capazes de invadir e se multiplicar in vitro em diversos tipos de células de mamíferos. O presente trabalho teve como objetivo observar características da ultraestrutura da espécie, alguns aspectos de seu mecanismo de invasão e identificar possível compartilhamento de epítopos entre as espécies T. dionisii e T. cruzi através de ensaios utilizando anticorpos monoclonais anti-T. cruzi. Assim como ocorre com T. cruzi, as formas tripomastigotas metacíclicas de T. dionisii recrutam lisossomos durante a invasão da célula hospedeira e permanecem em vacúolos LAMP-1 positivos por várias horas. Nossos resultados mostraram que aproximadamente 10% das formas tripomastigotas metacíclicas LAMP-1 positivas de T. dionisii, transformam-se em amastigotas em compartimentos LAMP-1 positivos, permanecendo nestes vacúolos por até 96 horas. Além disto, o pré-tratamento da célula hospedeira com nocodazol (composto que despolimeriza microtúbulos, impedindo o recrutamento lisossomal) não alterou a invasão do parasita, enquanto o prétratamento com wortmanina (composto que inibe a invasão via PI3-quinase e invaginação de membrana) inibiu significativamente a invasão. Estes dados sugerem que a fusão lisossomal talvez não seja um evento crítico para o estabelecimento de uma infecção bem sucedida de T. dionisii. A análise da expressão de epítopos definidos por anticorpos monoclonais anti-amastigotas de T. cruzi mostra uma maior proximidade imuno-reativa entre T. dionisii e T. cruzi da cepa G, pois T. dionisii reagiu com apenas um dos anticorpos anti-T. cruzi da cepa CL testados. Quanto à ultraestrutura T. dionisii é bastante semelhante a T. cruzi, com exceção do núcleo, que em T. dionisii apresenta um característico padrão de condensação da cromatina.