Demência no Brasil : reconhecimento e preferências quanto à revelação diagnóstica
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=5380258 http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/50424 |
Resumo: | Introdução: Existe a opinião entre especialistas e organizações que promovem o reconhecimento da demência, que a revelação de um eventual diagnóstico é desejável. Essa visão também satisfaz um preceito ético valorizado em sociedades ricas, o princípio da autonomia. Atualmente, o maior contingente de pessoas com demência vive em países de baixa e média renda. Mesmo assim, há poucos estudos nesses contextos que exploram as preferências de idosos e seus familiares sobre a revelação diagnóstica de demência. Objetivos: Investigar o reconhecimento e preferências quanto a um diagnóstico hipotético de demência em uma amostra de idosos oriunda da atenção básica à saúde. Métodos: Estudo transversal com amostra de indivíduos acima de 65 anos cadastrados em uma Unidade Básica de Saúde, em uma região urbana no município de São José dos Campos-SP. Além do idoso, também foi entrevistado um informante capaz de prover detalhes sobre a saúde do mesmo. Todas as entrevistas foram realizadas utilizando um questionário estruturado que continha uma vinheta descrevendo os sinais e sintomas cardinais da demência. Registramos os termos escolhidos pelos entrevistados para denominar a condição, suas preferências quanto à revelação da doença e dados sociodemograficos. A díade foi entrevistada separadamente no domicílio. Resultados: Setenta e cinco idosos (média de idade 73,7 ± 0,57 anos) e 79 informantes (média de idade 54,9 ±0,27) compuseram a amostra. O reconhecimento da condição após a leitura da vinheta foi similar entre participantes e seus informantes (75%). Idosos, em sua maioria, utilizaram termos sem conotação negativa, como “Alzheimer” ou “Demência”, para denominar a condição. A maioria dos indivíduos acima dos 65 anos (84%) e maioria de seus informantes (92%) endossaram a revelação de um diagnóstico hipotético para si. Entretanto, um terço dos informantes (33%) não gostaria que o diagnóstico fosse revelado ao idoso. Entre os fatores sociodemográficos, identificamos que ser um informante mais jovem e ter mais anos de escolaridade foram variáveis associadas com o desejo de não revelar o diagnóstico ao idoso. Por outro lado, ser cônjuge do idoso foi associado ao desejo de revelar. Conclusão: O reconhecimento de sinais e sintomas cardinais de demência nesta amostra foi alto. A maioria dos participantes deseja saber do seu próprio diagnóstico de demência. Entretanto, até um terço dos familiares não desejam que o diagnóstico seja revelado ao idoso caso ele tenha demência, uma situação de potencial conflito que profissionais de saúde devem estar atentos. |