Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2005 |
Autor(a) principal: |
Arasaki, Carlos Haruo [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/20763
|
Resumo: |
Introdução: Regurgitação freqüente após bypass gástrico em Y-de-Roux, para tratamento da obesidade mórbida, pode ser decorrente de diâmetro estreito do anel de silicone e, também, de hipotonia do esfíncter esofágico inferior. Objetivos: Medir o risco de se tornar regurgitador crônico depois de cirurgia bariátrica, considerando-se fatores técnicos e fisiológicos, e avaliar a relação entre regurgitação crônica e perda de peso. Métodos: 80 pacientes, obesos mórbidos segundo critério de índice de massa corpórea (IMC), foram selecionados aleatoriamente para serem submetidos a bypass gástrico em Y-de-Roux com anel padrão (62 mm de comprimento - grupo A) ou largo (77 mm - grupo B), e acompanhados durante os primeiros 6 meses de pós-operatório. Parâmetros de manometria esofágica pré-operatória foram relacionados à ocorrência de regurgitação crônica pós-operatória nos dois grupos formados por 40 pacientes cada. Foram considerados regurgitadores crônicos os que apresentavam o evento durante mais de 1° dias por mês. Resultados: Os dois grupos eram homogêneos quanto a idade (38,4 :t 10,9 VS. 39,3 :t 10,5 anos), gênero (1 :4,0 VS. 1 :4,7 na proporção masculino/feminino), raça (90,0 por cento VS. 87,5 por cento de brancos), peso (128,1 :t 21,4 VS. 134,0 :t 25,7 kg), IMC (47,8 :t 6,1 VS. 50,2 :t 6,4 kg/m2) e doenças associadas à obesidade. No grupo B, contudo, haviam mais fumantes (p=o, 043), e os pacientes tinham comprimento de esôfago, sob ação da crura diafragmática, maior (p=0,019) no pré--operatório. Após cirurgia, houve um caso de embolia pulmonar, dois casos de fístula gástrica, e nenhum óbito. O grupo A teve perda do peso em excesso 3,15 por cento :t 1,45 por cento maior que o grupo B (p=o, 033). Observou-se 15 por cento a mais de pacientes regurgitadores crônicos no grupo A quando comparado ao grupo B. Ao todo, regurgitadores crônicos tiveram 4,55 por cento :t 2,08 por cento de perda do peso em excesso a mais que os não- regurgitadores crônicos (p=o, 032). Já os regurgitadores crônicos do grupo A perderam, em média, 9,6 por cento :t 4,2 por cento a mais do peso em excesso quando comparados aos regurgitadores crônicos do grupo B (p=0,026), e 6,1 por cento :t 2,5 por cento a mais do peso em excesso quando comparados aos não-regurgitadores crônicos do grupo A (p=0,016). I Houve maior proporção de regurgitadores crônicos com hipotonia do esfíncter I esofágico inferior (pressão respiratória média <14 mmHg) quando comparados com I não-regurgitadores crônicos (p=o, 008). Em média, não-regurgitadores crônicos apresentaram pressão do componente fásico do esfíncter esofágico inferior, correspondente à ação da crura diafragmática, 14,2 :t 6,6 mmHg maior do que regurgitadores crônicos (p=O,OO1). A regressão logística demonstrou que a chance de ser regurgitador crônico no grupo A é 4,5 vezes maior que no grupo B (p=O,046), e, também, que a chance de ser regurgitador crônico tendo hipotonia do esfíncter esofágico inferior é 7 vezes maior do que tendo pressão normal nesse esfíncter (p=O,OO6). Conclusões: Tamanho do anel de silicone e hipotonia do esfíncter esofágico inferior são fatores prognósticos independentes para regurgitação crônica após bypass gástrico em Y-de-Roux. Tamanho do anel e regurgitação crônica contribuem significantemente para perda de peso, nos primeiros seis meses de pós- operatório. |