Efeitos da vibração mecânica de baixa frequência e intensidade associada à terapia estrogênica no tecido ósseo de camundongos osteopênicos fêmeas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Moura, Marcio Luiz Alves [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=3137778
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/47247
Resumo: Introdução: A terapia hormonal é utilizada na prevenção da perda óssea decorrente do climatério, porém não se sabe se sua ação pode ser potencializada quando associada à vibração mecânica (VBM). Objetivo: Investigar os efeitos da vibração mecânica de baixa frequência e intensidade associada à terapia estrogênica no tecido ósseo de camundongos osteopênicos fêmeas. Métodos: 40 camundongos fêmeas com 3 meses de idade foram ooforectomizados (OVX) e 10 foram sham-operados (Sham). Após 4 meses, os animais foram divididos em 5 grupos: Grupo I (Sham); Grupo II (Controle) - OVX e tratados com solução veículo; Grupo III - OVX e submetidos a vibração mecânica mais solução veículo; Grupo IV - OVX e tratados com 10?g/Kg/dia de 17?-estradiol diluído em solução veiculo; Grupo V - OVX submetidos a VBM e tratados com 10?g/Kg/dia de 17?-estradiol diluído em solução veiculo. O tratamento foi realizado via subcutânea, 7 vezes por semana, durante 60 dias consecutivos, e a vibração mecânica de baixa frequência e intensidade foi realizada a 60Hz - 0,6g durante 30 minutos por dia, 5 vezes por semana, durante 60 dias. Os animais foram submetidos à densitometria óssea antes da OVX, no início e ao final do tratamento. Após o tratamento, os animais foram submetidos à eutanásia e os fêmures coletados para análises histomorfométricas, histoquímicas, imunoistoquímicas e bioquímicas. Resultados: Os parâmetros de composição corporal obtidos por densitometria óssea demonstraram que apenas o grupo II apresentou aumento significativo de massa total e porcentagem de gordura. Os grupos IV e V apresentaram diminuição da porcentagem de gordura e aumento de massa magra. Os grupos submetidos à terapia com estrógeno (isolada e/ou associada) demonstraram aumento de densidade mineral óssea (DMO). Diminuição de DMO foi observada apenas no grupo controle. Ao final do tratamento, todos os grupos apresentaram DMO maior em relação ao grupo controle. O maior volume ósseo trabecular foi observado no grupo V, e não houve diferença na espessura do osso cortical. Somente o grupo V apresentou maior quantidade de ácido hialurônico comparado ao grupo controle. O grupo IV apresentou maior quantidade de condroitim sulfato em relação ao grupo controle, já o grupo V em relação ao grupo controle e aos demais grupos. O menor número de osteócitos em processo de morte foi observado nos grupos IV e V, porém esses grupos apresentaram maior quantidade de osteoclastos (células TRAP-positivas) tanto na região cortical como na trabecular. O grupo V demonstrou maior birrefringência esverdeada das fibras colágenas (fibras imaturas), por outro lado, o grupo II foi o que apresentou maior birrefringência avermelhada (fibras maduras) tanto na cortical como trabecular. A menor concentração de cálcio foi observada nos grupo III e IV, já os grupos II e V apresentaram concentrações semelhantes as do grupo I. Em relação ao fósforo, não foi observado nenhuma diferença entre os grupos. Conclusão: Nossos resultados mostraram que o tratamento associado foi mais efetivo do que os isolados, reestabelecendo a microarquitetura óssea, possivelmente por acelerar o processo de remodelação, demonstrando que a terapia estrogênica é potencializada quando associada ao tratamento com a vibração mecânica em camundongos osteopênicos fêmeas.