Estudo do aporte polínico em diferentes níveis altimétricos em extremos sazonais para um hotspot urbano de Mata Atlântica na Região Metropolitana de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Pereira, Carlos Henrique Bernardi [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11600/70918
Resumo: O estudo da chuva polínica moderna é importante instrumento para os estudos ambientais de uma maneira geral, e em particular para a Região Metropolitana de São Paulo, que abriga uma porção do bioma Mata Atlântica, um dos hotspots de biodiversidade do planeta. A presente pesquisa introduziu um estudo sobre a região a partir de perfilagem altimétrica da chuva polínica, inédito no Brasil e que visou estudar a relação e a influência de aportes esporo-polínicos associados às correntes atmosféricas e áreas-fontes vegetacionais locais e de grandes distâncias (dispersão anemófila) a partir de coletores artificiais instalados em distintos níveis altimétricos: solo, copa das árvores e acima da copa das árvores. Analisou a relação da variabilidade vertical na abundância e composição esporo-polínica com a sazonalidade das condições climáticas. Os destaques foram, no verão, a família Melastomataceae, Tipo Miconia (nativo), chegando a 87% do total de grãos no nível do solo e na copa das árvores; já a família Myrtaceae, Tipo Eucalyptus (exótico) dominou no nível mais alto durante o verão, com 55%. No inverno o predomínio foi da família Pinaceae, Tipo Pinus (exótico), com 74 % no nível intermediário e 60% no nível mais alto. Registro não arbóreo importante no perfil foi a ocorrência da família Poaceae no nível mais alto, gramínea, que possui alta produção de pólen e, sugerindo a ação de correntes locais de ressuspensão. O registro de grãos da família Betulaceae, Tipo Alnus, confirma a ação de correntes de longa distância, particularmente as de níveis acima de 1000 m, que passam pela Cordilheira dos Andes e chegam à Região Metropolitana de São Paulo. A presença deste táxon exótico associado aos taxa da flora nativa, como Araucaria, Podocarpus, Melastomataceae, entre outros, podem auxiliar como dados proxy para estudos paleovegetacionais e paleoclimáticos do Quaternário, como, por exemplo, os fenômenos de dispersão polínica que atuaram no último máximo glacial na região neotropical. Os resultados permitiram propor um modelo de dispersão anemófila para a área de estudo.