Resultados perinatais de neonatos com gastrosquise em uma maternidade de referência do Ceará: estudo retrospectivo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Esteche, Cinthia Maria Gomes da Costa Escoto [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11600/72320
Resumo: Objetivos: Avaliar os desfechos de recém-nascidos(RN) com gastrosquise em uma maternidade terciária em Fortaleza- Ceará; apresentar a prevalência da gastrosquise entre 2014-2022. Método: Estudo observacional, retrospectivo, coorte de base hospitalar, realizado em RN com gastrosquise na Maternidade Escola Assis Chateaubriand (MEAC), Universidade Federal do Ceará/ EBSERH, entre 2014 e 2022. Foram analisados os prontuários de todos os RN portadores de gastrosquise e que nasceram na maternidade referida, perfazendo uma amostra total de 46 RN. Os dados do estudo foram coletados e gerenciados usando a ferramenta REDCap. As variáveis foram apresentadas em média e desvio-padrão e mediana, percentis, razão de chance. Na investigação de associação entre as variáveis foram utilizados os seguintes testes: Teste qui-quadrado de independência; Teste de soma de postos de Wilcoxon; Teste exato de Fisher e regressão logística binominal. Adotou-se um nível de significância de 5%. As análises estatísticas foram realizadas utilizando o programa estatístico R. Resultados: Nos casos de gastrosquise analisados, observou-se que 65,2% dos recém-nascidos tiveram alta, enquanto 34,8% vieram a óbito. Dos 46 casos identificados, 44 foram categorizados, sendo 33 como gastrosquise simples e 11 como gastrosquise complexa. Em 97,8% dos recém-nascidos foi realizada alguma intervenção cirúrgica, sendo que em 71,1% dos casos foi feita apenas uma intervenção e 82,2% dos recém-nascidos receberam reparo por fechamento primário. A infecção neonatal foi a intercorrência clínica mais frequente. Todos os recém-nascidos foram encaminhados para a UTIN. Conclusão: A mortalidade em recém-nascidos com gastrosquise é multifatorial e influenciada por diversos fatores relacionados à mãe, ao bebê e à assistência recebida. A otimização do acompanhamento pré-natal, a realização de um fechamento primário precoce e a minimização do tempo de ventilação mecânica são medidas importantes para melhorar o prognóstico desses bebês.