A atenção especializada e as unidades móveis de saúde na perspectiva da integralidade do cuidado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Almeida, Luciane Cristiano de [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://cedess.unifesp.br/mestrado/ppgecs/producao-intelectual-mestrado/dissertacao-mestrado-profissional-unidade-baixada-santista-mestrado
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/52328
Resumo: No Sistema Único de Saúde, os serviços de Atenção Básica devem coordenar os cuidados aos usuários que vivem e moram em determinado território, sendo importante a articulação e a integração com demais serviços especializados, diagnósticos e hospitalares para atender as necessidades de saúde da população. No Brasil, historicamente, no entanto, há insuficiente oferta de serviços especializados, e as Unidades Móveis em Saúde (UMS) surgem como uma das várias estratégias para ampliar a oferta de atendimentos especializados à população. Em diversos municípios, empresas são contratadas, por meio de licitação, com o intuito de ofertar exames, consultas especializadas e pequenas cirurgias, em UMS, de modo a reduzir o tempo de espera para esses atendimentos. Esta investigação partiu da hipótese de que há dificuldades de articulação entre a Atenção Básica e as UMS, manifestas por problemas de encaminhamento e de contrarreferência, o que produziria efeitos significativos no alcance da integralidade do cuidado. Este estudo buscou analisar, na perspectiva dos trabalhadores, a articulação entre a Atenção Básica e as UMS e seus efeitos na produção do cuidado. Foi utilizada a abordagem qualitativa, sendo que os dados foram coletados por meio de entrevistas semiestruturadas. A técnica para recrutar os sujeitos foi a bola de neve (snowball ou chain sampling). Foram entrevistados dez profissionais que trabalham na Atenção Básica e que tiveram alguma experiência de encaminhamento de usuários para UMS. A análise dos dados das entrevistas levou à constituição de quatro grandes categorias: <Oferta do serviço e agendamento=, <Acesso=, <Condições de atendimento=, e <Dificuldades de seguimento=. Os resultados confirmaram a hipótese inicial, tendo sido identificados problemas relativos à articulação entre os serviços, às condições de acesso às unidades, ao estabelecimento de metas de produção, à dificuldade de continuidade do tratamento de pacientes, dentre outros.