Efetividade e segurança da nebulização com solução salina hipertônica em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica: ensaio clínico randomizado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Valderramas, Silvia Regina [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/24206
Resumo: Introdução: O uso de solução salina hipertônica já foi documentado em DPOC como um método de broncoprovocação e indução de escarro, mas estudos que avaliem outros desfechos são necessários. Objetivo: Comparar os efeitos da inalação com solução salina hipertônica (SSH) ou com solução salina isotônica (SSI) associado a treinamento físico em pacientes com DPOC, em relação à capacidade funcional ao exercício (CFE), dispnéia e qualidade de vida. Tipo de estudo e local: O estudo, um ensaio clínico controlado randomizado duplo-cego, foi conduzido em um ambulatório de Reabilitação Pulmonar. Métodos: Sessenta e oito pacientes (67 ± 6.5 anos de idade; VEF1 38.9 ± 16.2 do valor predito) foram randomizados para inalar 3% de SSH (n=34) ou solução salina isotônica (NS) (n=34), associada a um programa de exercícios três vezes/semana, durante 8 semanas. Resultados: Após 8 semanas de tratamento, ambos os grupos mostraram mudanças significativas na CFE, SSH de 204.11±102.54 metros para 251.3±96.8 metros, p<0.001 e SSI de 237±93.4 metros para 441±121 metros p<0,001; dispnéia, SSH de 3.1 ± 0.87 para 2.3 ± 0.76, p< 0.01 e SSI de 3.5 ± 0.23 para 2.3 ± 0.96, p< 0.01 e qualidade de vida, exceto nos domínios capacidade física e aspecto social no grupo SSH, p<0,001. Quando os dois grupos foram comparados, o grupo SSI demonstrou melhora significativa na capacidade funcional ao exercício p<0,001. Houve a ocorrência de efeitos adversos em quatro (12%) pacientes do grupo SSH: três pacientes relataram aumento da tosse e um apresentou broncoespasmo. Conclusão: O presente estudo conclui que a melhora da CFE não foi significante como aquela observada no grupo SSI, e que SSH também está associada ao aparecimento de efeitos adversos, não observados no grupo SSI.