O Usuário e a Estratégia Saúde da Família de uma Operadora de Autogestão no Município de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Cuginotti, Aloísio Punhagui [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/9876
Resumo: OBJETIVOS: Apreender a percepção do usuário acerca das novas formas de produção do cuidado através do novo modelo, Estratégia Saúde da Família (ESF), e compreender como o usuário vivencia os processos assistenciais inovadores que compõem o movimento de transição tecnológica conduzido pela Operadora de Autogestão (OAG). MÉTODO: Pesquisa qualitativa do tipo estudo de caso, realizada mediante técnica de entrevista com roteiro semiestruturado, grupo focal e entrevista aberta. Iniciada após prévia aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa e assinatura, pelos participantes, do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Os sujeitos são os administradores da autogestão, os trabalhadores da unidade assistencial e os seus usuários. DISCUSSÕES: A implantação da Estratégia Saúde da Família (ESF) como novo modelo assistencial, a transição tecnológica na saúde e o desafio de articular uma ampla rede credenciada com os serviços próprios (ESF). A forma como os administradores buscam aliados no Conselho de Usuários, órgão consultivo da operadora, e nos usuários aderidos que participam dos espaços das unidades próprias para vencer as resistências e barreiras culturais dos usuários não-aderidos. A utilização das duas portas de entrada no sistema, o credenciamento e os serviços próprios utilizados pelos usuários aderidos e nãoaderidos à ESF. CONCLUSÕES: A imprecisão conceitual (de formulação) da estratégia, por parte da operadora, trouxe dificuldades operacionais para enfrentar o dilema central dessa empresa, ou seja, as duas lógicas assistenciais em disputa: a rede credenciada (modelo tradicional) e a estratégia (novo modelo). Não houve a esperada quebra de paradigma assistencial, de um modelo médico centrado para o outro. A transição tecnológica, apesar de percebida, é interpretada de forma diferente pelos dirigentes, funcionários e usuários “aderidos e não-aderidos”.