Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Lucas, Dahlin Pereira Penha [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11600/71325
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Resumo: |
Esta dissertação tem como objetivo investigar as potencialidades do diário de leitura, como proposto na obra “Ler e refletir sobre romances em sala de aula: o ensino explícito, diários e círculos de leitura” (HÉBERT, 2019), um dos dispositivos do modelo transacional para promover a leitura integral de romance em sala de aula. Na escrita do diário, os estudantes sinalizam as estratégias de leitura percebidas durante a experiência de leitura e desenvolvem um comentário sobre sua interpretação. A partir do dispositivo do diário de leitura, a pesquisa se propôs a fazer uma leitura crítica do modelo transacional de modo a analisar de que forma a proposta metodológica de Hébert (2019), fundamentada nos Programa de Formação de Educação Básica Quebequense (MELS, 2001, 2006, 2011a, 2011b) e seus documentos complementares, contempla (ou não) as habilidades e competências da BNCC (BRASIL, 2018) relativas ao eixo de leitura. A fim de desenvolver um panorama metodológico do modelo transacional, o estudo contou com um levantamento bibliográfico sobre os principais pontos de abordagem de Hébert (2019) no tocante às estratégias de leitura, como Giasson (2003), Tardif (1992), Almasi (2003), Pressley (1995) e autoras mobilizadas nos estudos brasileiros recentes no que concerne às estratégias de leitura como Solé (1998) e Girotto e Souza (2010). Para análise do diário de leitura, recorremos à Linguística Textual e sua abordagem sociocognitiva e interacional, segundo a qual o texto é um evento comunicativo constituído a partir da interação entre texto, contexto e leitor conforme Koch (2003a, 2003b, 2004, 2014) Koch e Elias (2018, 2010) e Marcuschi (2008). A análise demonstra que o diário de leitura, na medida em que mobiliza o diálogo entre as três instâncias do modelo interativo de texto, isto é, contexto imediato, mediato e cognitivo dos estudantes, texto-romance em situação de leitura e o leitor-escritor do comentário de leitura, privilegia a expressão de um sujeito leitor em formação dentro de um espaço colaborativo, interativo e reflexivo com outros leitores. O cotejo dos contextos brasileiro e quebequense demonstrou que o modelo transacional apresenta pontos de convergência com as orientações da BNCC (BRASIL, 2018). O modelo transacional contempla as dimensões para o tratamento do eixo de produção textual na medida em que se constitui como uma prática contextualizada e em diálogo com os eixos de leitura, linguístico/semiótico e oralidade. Como um dos resultados da análise, propomos uma nova distribuição para as habilidades para estratégias e procedimentos de leitura da BNCC (BRASIL, 2018). Além disso, entendemos que o repertório de Hébert (2019) dialoga transversalmente com as habilidades previstas pelo documento brasileiro. Finalmente observamos que o modo de apresentação das estratégias de leitura proposto por Hébert (2019) promove um acesso mais direto a conceitos, tais como os processos de compreensão leitora, e pode contribuir para a prática docente e o ensino da leitura em contexto escolar. |