Medo, nervosismo, despreparo, ambivalência: o aluno do curso técnico em enfermagem interagindo com o familiar da criança hospitalizada
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=3295198 http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/48065 |
Resumo: | Este estudo, de abordagem qualitativa, teve como objetivo compreender o significado de interagir com os familiares da criança hospitalizada para o aluno do Curso Técnico em Enfermagem. Para conduzi-lo, o Interacionismo Simbólico foi adotado como referencial teórico e a Análise Qualitativa de Conteúdo, como o metodológico. Os dados foram coletados por entrevista semiestruturada realizada, individualmente, com oito alunos egressos do Curso Técnico em Enfermagem de uma instituição de ensino localizada no município de Osasco/SP. A análise dos dados permitiu a identificação da categoria conceitual MEDO, NERVOSISMO, DESPREPARO, AMBIVALÊNCIA: O ALUNO DO CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM INTERAGINDO COM O FAMILIAR DA CRIANÇA HOSPITALIZADA e revelou que, durante o ensino prático, o aluno apresentava-se, muitas vezes, incomodado ao prestar assistência à criança hospitalizada na presença dos familiares. Isso decorre da falta de habilidade técnica, experiência e comunicação adequada para lidar com os familiares, gerando insatisfação dos mesmos, por acreditarem que os estagiários, por serem aprendizes, causarão sofrimento à criança, em especial na realização da punção venosa periférica. Como consequência do despreparo sobre como lidar com o familiar da criança, o aluno chega a definir que a interação com o mesmo não é uma prática de enfermagem; que, para ele, o estágio no hospital tem como objetivo apenas aprender a realizar os procedimentos técnicos. No entanto, o aluno considera os familiares uma ferramenta de ajuda e fonte de segurança à criança, o que o impulsiona a tentar estabelecer uma interação positiva com os mesmos, por meio do diálogo, tranquilizando-os, explicando-lhes os procedimentos e tentando demonstrar segurança em sua execução, além de mostrar interesse pela criança e seu cotidiano. Ele sente-se gratificado quando obtém o reconhecimento do familiar nos cuidados, o que lhe certifica como capaz de lidar com a criança. Conhecer essa experiência, que se encontra expressa nas categorias temáticas do estudo, leva à compreensão da necessidade de inclusão da temática relativa ao cuidado à família na matriz curricular do Curso Técnico em Enfermagem e contribui para reflexões sobre as mudanças positivas desse conhecimento para esse aluno, bem como serve de motivação para realização de novos estudos, por se tratar de assunto pouco explorado na literatura. |