Fragmentos de um santuário desconhecido: viajantes e arqueólogos no Heraion de Delos (1630-1911)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Silva, Heloísa Mattos Vidal e [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/69117
Resumo: Delos, considerada o “coração das Cíclades”, desperta o interesse de viajantes desde o século XV, quando Cristoforo Buondelmonti e Ciríaco de Ancona visitaram a ilha e produziram as primeiras descrições sobre o local. Entretanto, o fluxo de viagens para Delos aumentou somente a partir do século XVIII, como resultado do Grand Tour e do interesse das grandes potências europeias pela Grécia como um todo. No século seguinte, a Escola francesa de Atenas empreendeu as primeiras escavações em diversos templos delianos. Albert Lebègue, Panagiotis Stamatakis e Amédée Hauvette coletaram os primeiros dados arqueológicos referentes ao Heraion e elaboraram diferentes interpretações sobre a divindade cultuada no santuário, mas suas investigações no local faziam parte de pesquisas mais abrangentes sobre Delos. A confirmação de Hera como divindade do santuário até então desconhecido ocorreu durante a escavação supervisionada por Pierre Roussel em 1909, que revelou a existência de um depósito votivo e de um templo mais antigo abaixo das estruturas visíveis na paisagem. Assim, os primeiros estudos em Delos – desde o século XVII até 1909 – e a análise das publicações deles decorrentes possibilitam uma análise comparativa e histórica do processo de interpretação do Heraion de Delos, como um estudo de caso da História da Arqueologia.