Avaliação da expressão proteica e de elementos em plasma sanguíneo após o uso de estatinas em pacientes infartados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Araujo, Isabela Carvalho Lobo de [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11600/71688
Resumo: Estudos a nível molecular envolvendo pacientes que sofreram infarto agudo do miocárdio fornecem uma nova visão sobre o conhecimento da expressão clínica e patológica da doença. Atualmente, avanços tecnológicos nas plataformas conhecidas com a terminologia “ômicas” permitem a avaliação de mudanças sistemáticas em diversos sistemas biológicos e tem sido aplicada extensivamente a doenças cardiovasculares. O sangue está em contato direto e constante com o sistema cardíaco, fazendo do plasma o fluido mais adequado para o estudo dos componentes advindos de uma oclusão coronária, que é o caso do infarto. Além das proteínas, o plasma possui diversas outras moléculas biológicas interessantes, tais como macro e micronutrientes elementares. A avaliação do perfil proteico por meio da proteômica tem auxiliado na compreensão da evolução de doenças e estratégias terapêuticas. Ainda, sabe-se que há interação entre diversos elementos químicos com proteínas e essa interação pode ser modificada devido a algum distúrbio biológico como uma doença ou uso de fármacos. Logo, o estudo dos íons elementares em conjunto com as proteínas pode aumentar as informações sobre as doenças cardiovasculares, além de ampliar o conhecimento sobre a ação de fármacos no organismo. Dentro deste cenário, o objetivo desse estudo foi avaliar a expressão proteica diferencial em pacientes infartados e tratados com duas estatinas diferentes, bem como explorar possíveis alterações de elementos essenciais na evolução desses pacientes, e corroborar os resultados oriundos dos dois estudos. Um total de 199 proteínas foram identificadas; entre as quais, 11 proteínas foram expressas de forma significativa entre os grupos de pacientes estudados. Algumas proteínas estão relacionadas a processos de agregação plaquetária, tais como o fibrinogênio e a hemoglobina; enquanto outras exercem a função de associação de íons cálcio, tais como a Proteína C reativa, subcomponente do Complemento C1s e Paraoxonase / arilesterase 1 sérica. Pela análise de agrupamento hierárquico observou-se que o perfil proteico é mais diferentemente expresso com relação ao tempo de administração da droga do que o tipo de estatina usada no tratamento do infarto. O mesmo comportamento foi observado na análise de PCSK9, em que maiores concentrações foram encontradas em decorrência do tempo de tratamento. Entre os íons elementares analisados, apenas o cobre apresentou variação significativa entre as visitas. A redução nos níveis de cobre no plasma, pode estar relacionada com o aumento de expressão da proteína Paraoxonase 1 sérica.