Avaliação do conhecimento da equipe de enfermagem sobre erros de medicação e terapêutica medicamentosa utilizada em um pronto-socorro infantil
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=1679380 http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/47252 |
Resumo: | Erros de Medicação estão presentes no cotidiano dos profissionais de saúde e acarretam graves consequências ao paciente, incremento no custo das internações, além de problemas no âmbito da organização hospitalar. A administração de medicamentos é um processo dinâmico e complexo, com várias etapas que contempla uma série de decisões específicas e ações inter-relacionadas, capazes de envolver profissionais de toda uma equipe multidisciplinar bem como o próprio paciente. Na faixa etária pediátrica, erros de medicação geram importantes complicações e têm sido relacionados a um maior risco para a ocorrência de iatrogenia. Objetivo: Analisar o grau de conhecimento da equipe de enfermagem sobre o conceito de erros de medicação e terapêutica medicamentosa de acordo com idade, tempo de formação, tempo de trabalho na instituição, categoria profissional, esquema de atuação, turno e regime de contrato. Método: Realizou-se um estudo exploratório e descritivo, no Pronto-Socorro Infantil (PSI) de um hospital universitário, no município de São Paulo. A coleta de dados foi realizada por um período de 60 dias, durante os meses de agosto e setembro de 2012, entre os profissionais de enfermagem do PSI, após a aprovação do projeto pelo Comitê de Ética em Pesquisa, autorização do Setor de Ensino e Pesquisa e submissão dos instrumentos de coleta para avaliação. Para a realização da avaliação do conteúdo dos instrumentos foi solicitada a participação de um comitê de consultores externos constituída por enfermeiros e professores universitários. Os dados foram armazenados em banco de dados do programa SPSS (Statistical Package for the Social Sciences). Para a comparação das variáveis quantitativas o teste utilizado foi o não paramétrico de Mann-Whitney e para a comparação das variáveis qualitativas foi utilizado o teste do Qui-Quadrado ou o Exato de Fisher. Considerou-se estatisticamente significante valores de p<00,5. Resultados: Os participantes da pesquisa constituíram-se por 37 profissionais de enfermagem, nove (24,3%) enfermeiros, nove (24,3%) técnicos de enfermagem e 19 (51,4%) de auxiliares de enfermagem. Destes participantes 91,9% eram do sexo feminino, 59,5% deles trabalhavam apenas na instituição da pesquisa e eram contratados em regime celetista, com média de idade de 38 anos, tempo médio de formação profissional de 11,3 anos e tempo médio de trabalho na instituição pesquisada de 7,2 anos. Pode-se evidenciar que os participantes da pesquisa demonstraram conhecimento uniforme e linear sobre o conceito erros de medicação. O quinto item do questionário registrou que 26 (72,9%) dos participantes discordaram e/ou discordaram completamente que atrasos superiores a uma hora correspondem a erro de medicação. Não foi possível observar diferença estatisticamente significativa entre profissionais de nível técnico e de nível superior com relação a esse tipo de erro de medicação. Quanto aos cenários elaborados, pode-se verificar que os participantes apresentam entendimento nivelado e uniforme sobre terapêutica medicamentosa. No entanto, no cenário 3 referente à administração de adrenalina e de outros fármacos, via cânula orotraqueal, devido à ausência de rede venosa, observou-se que houve diferença estatisticamente significante (p<0,05) segundo o teste do Qui-Quadrado, com relação a proporção de acertos entre os participantes da pesquisa e os diferentes esquema de atuação. O grupo de profissionais de enfermagem que trabalham na instituição da pesquisa e que estudam apresentou menor percentual de acertos (42,9%) da resposta esperada do que os demais grupos com diferente esquema de trabalho. Conclusões: A equipe de enfermagem do PSI apresentou maior conhecimento sobre erros de medicação do que terapêutica medicamentosa em situações de urgência. Porém, torna-se necessário a implantação de programas de treinamento e capacitação por parte da educação continuada das instituições, em unidades pediátricas, com o propósito de ampliar o conhecimento dos profissionais de enfermagem sobre o processo de medicação e assim, garantir a qualidade de assistência e segurança junto aos pacientes pediátricos. |