VARIAÇÕES SOBRE VÊNUS: Botticelli, Giorgione, Ticiano e os tratados sobre o amor

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Carvalho, Tânia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=10401443
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/61986
Resumo: Esta pesquisa é dedicada ao estudo das variações na figuração da Vênus, conforme representadas: por Botticelli, no Nascimento de Vênus; por Giorgione, na Vênus Adormecida e por Ticiano, na Vênus de Urbino, observadas a partir de uma possível influência das definições de beleza presentes nos tratados e diálogos sobre o amor. Investiga em que medida as descrições de beleza apresentadas no Comentário sobre o Banquete, de Marsilio Ficino; nos Assolanos, de Pietro Bembo; e no Livro do Cortesão, de Baldassare Castiglione – com as respectivas gradações entre um conceito puramente metafísico e uma concepção cada vez mais física da beleza – especialmente a feminina – podem estar representadas nas pinturas escolhidas. Em Botticelli, tema, interpretação e expressão visual encontram-se perfeitamente alinhados, sob uma chave neoplatônica. As Vênus relacionadas ao contexto veneziano encontram-se também, de acordo com os autores pesquisados, vinculadas ao tema dos dois amores – celeste e terrestre – conforme o Comentário, mas distanciam-se, cada vez mais, da expressão da beleza idealizada, preconizada por Ficino, aproximando-se, progressivamente, de uma beleza totalmente física. Na Vênus de Urbino, de Ticiano, o valor simbólico do tema mitológico é quase completamente absorvido pela materialidade da expressão visual, fazendo da pintura, na opinião de alguns estudiosos, apenas um pretexto para a exibição de maestria técnica na representação de belos corpos.