Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2005 |
Autor(a) principal: |
Silva, Andre Cesar da [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/20554
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Resumo: |
Proechimys guyannensis (PG), conhecido no Brasil popularmente como Casiragua, é uma espécie comum na região Amazônica e pertence à sub-ordem Hystricomorpha, família Echimyidae, gênero Proechimys. Esses animais têm sido extensivamente estudados em relação a sua ecologia e sua evolução, porém seu cérebro foi pobremente investigado. Em estudo realizado em nosso laboratório, o PG demonstrou uma grande resistência ao desenvolvimento de modelos experimentais de epilepsia. O status epilepticus (SE) induzido por pilocarpina teve uma curta duração na espécie PG, raramente excedendo 2 horas. De 48 PGs que evoluíram para o SE somente 2 apresentaram crises espontâneas e recorrentes. No modelo de epilepsia induzido por ácido caínico, nenhum dos animais sobreviventes apresentou crises espontâneas durante um longo período de observação (mais de 120 dias). De 43 animais submetidos ao modelo do abrasamento amigdaliano, apenas 3 animais atingiram o estadio 5 da escala de Racine. Estes achados indicam que os PGs podem ter mecanismos endógenos anticonvulsivantes representando um modelo de resistência a tratamentos epileptogênicos. Considerando a resistência desta espécie aos três modelos de epilepisa do lobo temporal in vivo supracitados, pareceu-nos interessante o estudo eletrofisiológico de sua circuitaria hipocampal, através de protocolos de indução de hiperexcitabilidade, como também a aplicação do protocolo da LTP (Long-term potentiation), para uma melhor elucidação de seu funcionamento básico e a identificação de possíveis alvos celulares responsáveis por este comportamento. Respostas extracelulares ortodrômicas típicas de CA1 (população de espículas: PE) foram encontradas na espécie PG com as mesmas características já descritas em trabalhos originais com ratos Wistar. O limiar para o aparecimento da população de espículas em presença de líquido cefalorraquiano artificial normal e frente ao protocolo de elevação do potássio extracelular foi maior na espécie PG, sendo significantemente maior com o protocolo de inibição GABAérgica (bicuculina). Nossos resultados mostraram que a espécie PG foi menos susceptível ao bloqueio da inibição, pois observamos apenas uma espícula subseqüente após o PE, e a ausência de atividade espontânea, atividade esta que esteve presente em todas as fatias de ratos Wistar. Corroborando com este resultado, o registro intracelular também apresentou um limiar de disparo de potencial de ação maior em relação aos Wistar. Apesar da ocorrência do fenômeno de LTP, este mostrou ser menos expressivo na espécie PG. Nos experimentos de retirada do íon Mg2+ do líquido cefalorraquiano artificial a espécie PG apresentou respostas semelhantes às encontradas no rato Wistar, a não ser pela a ausência de atividade espontânea. Frente a esses resultados, podemos concluir que a espécie PG apresenta uma circuitaria funcionalmente diferente da encontrada nos ratos Wistar, possivelmente devido a uma diferente distribuição e densidade dos receptores glutamatérgicos e GABAérgicos. Adicionalmente, nossos dados permitem sugerir a que a cinética das correntes iônicas possa ser diferente no PG, o que poderia explicar sua resistência e proteção contra a epileptogênese. |