Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Kikuchi Fernandes, Carla Ferreira [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/67250
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Resumo: |
Introdução: A residência médica é considerada o mais importante passo após a graduação e o melhor método de ensino para cirurgiões Em 2020, o Brasil atingiu a marca de quinhentos mil médicos. Por ser um país de grandes dimensões, com diversidades culturais e desigualdade socioeconômica, conhecer o estado atual do ensino nos Programas de Residência Médica de Ginecologia e Obstetrícia (PRMGO) é essencial para melhorar a qualidade do ensino aos médicos e a assistência aos pacientes. Objetivo: Caracterizar o ensino de laparoscopia nos PRMGO do Brasil. Objetivos secundários: Avaliar as características dos preceptores dos programas de laparoscopia e determinar os cenários das práticas dos treinamentos. Método: Estudo descritivo transversal, com avaliação de questionário enviado aos Coordenadores dos PRMGO brasileiros, no período de fevereiro de 2019 a abril 2021. Resultados: Enviouse o questionário para 175 Coordenadores de PRMGO e houve 90 respostas (51,4%). Foram excluídos 5 registros. Dos 85 programas, 67 têm treinamento em laparoscopia. Os programas localizavam-se em 50% no Sudeste, concentrando-se nas capitais. Os coordenadores têm média 45,4 anos, 62,7% são do sexo masculino e 37,3% realizam ativamente laparoscopia. O responsável pelo setor de laparoscopia apresenta experiência avançada na maior parte dos serviços, assim como os preceptores. Os residentes participam ativamente das cirurgias exceto em 1 serviço e em 39,4% têm treinamento em laboratório ou centro de treinamento cirúrgico. No laboratório, a maior parte tem treinamento com simulador físico. Apenas 28,9% dos serviços sem laboratório têm planejamento de montar estrutura nos próximos 3 anos. Dos 26 serviços com treinamento fora do Centro cirúrgico, 80,8% têm treinamento como parte formal do currículo e 61,5% têm períodos reservados dentro da grade horária. Somente 46,2% têm mais de 20 horas de treinamento formal por ano. Em 38,5% dos serviços, o treinamento não é avaliado. A maior parte dos serviços avaliaram ser “importante” o treinamento em laparoscopia no laboratório antes de entrar em cirurgias, ser “importante” avaliação objetiva da aptidão em laparoscopia e ser “importante” ter um laboratório no serviço. Conclusão: O ensino de laparoscopia nos no Brasil apresenta ensino heterogêneo e desigual, sendo que 20% dos programas não apresentam ensino em laparoscopia. Os preceptores dos serviços com treinamento em laparoscopia têm experiência avançada e participam dos treinamentos de laboratório e de centro cirúrgico. Apenas 23,5% (20) programas analisados têm laboratório ou centro de treinamento próprio. Dos 65 serviços sem laboratório 29,9% não têm planejamento de montar a médio prazo um centro de treinamento. |