Alterações comportamentais e celulares em ratos adultos submetidos à estimulação nociceptiva inflamatória no período neonatal
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=2567480 https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/46973 |
Resumo: | Procedimentos invasivos dolorosos frequentemente são realizados em recém-nascidos admitidos nas unidades de terapia intensiva (UTI). Os efeitos agudos e os de longo prazo causados por estes estímulos podem ser investigados em modelos animais, como o de ratos recém-nascidos. Os ratos recém-nascidos são considerados bons para modelar a dor de neonatos, pois apresentam um repertório comportamental similar aos bebês humanos em resposta à estimulação nociva. Filhotes de rato, ao nascerem, têm o sistema nervoso central (SNC) correspondente ao do embrião humano com 24 semanas de gestação. Já na primeira semana pós-natal, estes roedores têm o desenvolvimento do SNC equiparado ao de humanos prematuros com 24-36 semanas de gestação. Estudos anteriores têm demonstrado que animais submetidos a estímulo nociceptivo no período neonatal apresentam alterações comportamentais tais como sinais de ansiedade ou depressão. Nas mesmas condições, estímulos neonatais também provocam aumento na taxa de neurogênese e ativação celular no giro denteado do hipocampo. Assim, é de grande interesse investigar se tais alterações celulares podem ser correlacionadas às variações no comportamento. Diante deste cenário, a proposta do estudo foi investigar, a partir da estimulação nociceptiva neonatal, induzida no primeiro "P1"ou oitavo "P8" dia pós-natal, com a injeção intraplantar de CFA (complete Freund's adjuvant): I - parâmetros comportamentais indicativos de comportamento do tipo-ansioso e do tipo-depressivo em animais adultos, II - desempenho em testes de memória dependente de hipocampo, III - quantificação das células granulares do hipocampo, IV - avaliar todas alterações por grupo e sexo. Após estimulação nociceptiva nos períodos indicados e já na vida adulta, os animais foram submetidos aos testes do labirinto em cruz elevada (LCE), contraste positivo de sacarose (CPS), reconhecimento de objetos e labirinto aquático de Morris. Não foi observada diferença no comportamento tipo-ansioso com relação ao grupo apenas quanto ao sexo, sendo que os machos permaneceram mais tempo nos braços fechados. No teste de CPS as fêmeas apresentam comportamento tipo-depressivo por serem menos sensíveis às mudanças na concentração da solução de sacarose mantendo o consumo semelhante nos três dias de teste. Os machos P1 apresentam ao déficit de memória de longo prazo e dificuldade para realizar uma nova estratégia de aprendizagem e menor proliferação celular no GD do hipocampo que machos do P8. Estes resultados mostram que o estresse doloroso no início da vida leva a diferenças comportamentais e alteração na quantificação celular no GD do hipocampo, ambas relacionadas ao sexo e a idade do estímulo nociceptivo. |