Influência da co-administração de dissulfiram nos efeitos estimulantes e reforçadores do etanol

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Kim, Andrezza Kyunmi [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/23945
Resumo: O dissulfiram, um inibidor das enzimas aldeído desidrogenase e dopamina beta-hidroxilase, tem sido utilizado no tratamento de dependentes de álcool. Caso um paciente sob tratamento com dissulfiram consuma bebidas alcoólicas, devido ao acúmulo de acetaldeído, ele sentirá uma série de sintomas desagradáveis tais como náusea, taquicardia, rubor facial, dores de cabeça, que dependendo da dose podem levar a parada cardíaca e respiratória. Conhecendo a possibilidade de sofrer estes efeitos, o paciente evitaria o consumo de álcool. Entretanto, há relatos de aumento do efeito estimulante do etanol após a ingestão concomitante de bebidas alcoólicas e dissulfiram. No Estudo I, verificamos que a administração aguda de diferentes doses de dissulfiram (combinada ou não com etanol) não modifica a atividade locomotora de camundongos. Além disso, a administração combinada de 2,0 g/kg de etanol e 15 mg/kg de dissulfiram impediu o desenvolvimento de sensibilização ao efeito estimulante do etanol, em animais testados imediatamente após a administração de etanol (teste imediato). No Estudo II, animais tratados com as mesmas doses de dissulfiram e etanol acima mencionadas, não desenvolveram preferência condicionada ao lugar induzida pelo etanol. Camundongos que receberam administrações repetidas de etanol e foram testados imediatamente após a administração da droga, apresentaram resposta locomotora estimulada quando desafiados imediatamente com veículo e 15 mg/kg de dissulfiram, indicando existir interação (ou "sensibilização cruzada") entre etanol e dissulfiram. Em resumo, a administração simultânea de dissulfiram não aumenta o efeito estimulante do etanol, mas bloqueia o desenvolvimento da sensibilização e da preferência condicionada ao lugar induzido por 2,0 g/kg de etanol..