Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Rosolen Junior, Geraldo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/61233
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Resumo: |
Tendo se fixado em solo imperial pela primeira vez entre 409 e 428 nas províncias da Hispânia, e posteriormente avançados sobre as províncias africanas em 429 até a conquista de Cartago em 439. Os vândalos haviam se estabelecido nas regiões mais ricas do Império Romano do Ocidente, e rapidamente ocuparam um lugar de destaque na historiografia romana, ao obter a atenção de clérigos que se dedicaram a denunciar a condução político-religiosa dos reis vândalos ao longo do século V, tais como Idácio de Aquae Flaviae e Victor de Vita. Entretanto, observamos que mesmo entre os clérigos, essas disputas narrativas e retóricas não alcançaram uma coesão, já que Salviano desejou representar visigodos e vândalos como sociedades mais próxima dos desígnios de Deus, perspectiva que acreditamos estar à luz dos ensinamentos de Agostinho que destacava as ações dos godos de Alarico, como exemplos da cristandade, em contraste com os romanos que permaneciam em pecado e por isso sofriam com o flagelo divino. Contudo, ao longo do século VI é possível perceber um aumento exponencial da produção literária secular, principalmente de poetas que se dedicaram a representar os aristocratas vândalos em seus panegíricos, período que foi nomeado pela historiografia recente como ‘renascença vândala’. Por fim, nossa pesquisa se encerra ao avaliarmos a obra História das Guerras de Procópio de Cesarea, e como ela se transmite a compreensão das identidades e dos reis vândalos. Damos destaque para a rivalidade entre Hilderico e Gelimero, que propiciaram a fragmentação do Reino Vândalo, que forneceu uma justificativa para a intervenção de Justiniano. Isso porque, Hilderico é caracterizado por ser um membro da família imperial, e retratado como muito próximo dos interesses romanos, enquanto que Gelimero é representado como um rei que desejava manter a autonomia do Reino Vândalo em relação ao Império Romano. Assim, o principal objetivo dessa pesquisa é compreender como os modelos narrativos acerca da identidade vândala, haviam surgidos no século V, principalmente pela influência dos debates religiosos, e que posteriormente, no século VI são reorganizadas a partir de obras, dita ‘seculares’. |