PRÁTICAS ALIMENTARES E HABITUS EM MÃES: alimentações particulares no contexto do município de Santos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Sato, Priscila de Morais [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/58856
Resumo: O presente estudo investigou as práticas alimentares de 439 mães residentes no município de Santos – Brasil, e suas interfaces com o conceito de habitus proposto por Bourdieu. A partir da análise de cluster dos escores de padrão alimentar e de formas de preparo e consumo dos alimentos, foram derivados clusters de cinco práticas alimentares (donas de casa práticas; mães-esposas; hedonistas preocupadas com o corpo; tradicionalistas e cozinheiras pouco preocupadas com a saúde). Para identificar os habitus dos clusters de práticas alimentares, comparou-se, entre eles, as variáveis localização do domicílio, estado de nascimento, estado civil, número de filhos, tabagismo, profissão, nível socioeconômico, práticas para emagrecer, comportamentos de risco para transtornos alimentares, atitudes alimentares transtornadas, insatisfação corporal, consumo cultural e tecnológico. Observou-se, nas práticas alimentares encontradas, a influência de diferentes questões de gênero, principalmente relacionadas à construção social da maternidade. Encontrou-se, desta maneira, uma multiplicidade de práticas alimentares, resultantes da confluência de forças que agem segundo os campos e o habitus das mães, sendo que, para muitas mulheres, a família parece ser o principal campo. O presente trabalho aponta para a importância do habitus no estudo das práticas alimentares, uma vez que, como resultado da interação entre diversas forças que moldam o habitus, observamos uma variedade de práticas alimentares que seguem diferentes direções. Assim, encontramos práticas alimentares complexas e que não podem ser entendidas em uma associação linear com os capitais econômico e cultural dos grupos estudados. Por fim constatou-se que, motivado por um conjunto de ideias, o comer gera um movimento de ação-reflexão que compõe uma práxis alimentar.